Doenças sazonais: conheça as 5 principais causas da alta demanda no Pronto Atendimento Infantil, em Macapá
Sintomas respiratórios e viroses intestinais lideram casos em crianças; pediatra do Governo do Amapá dá dicas de prevenção.

A mudança no clima, as chuvas e a umidade do ar contribuem para o aumento de doenças sazonais, principalmente as respiratórias e intestinais. Entre as mais comuns estão as viroses e bronquiolites que são as principais responsáveis pelo aumento de pacientes de emergência no Pronto Atendimento Infantil (PAI) e de internações do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), em Macapá.
Enfrentando a alta demanda desde o início do ano, o PAI adotou medidas para melhorar o acolhimento após registrar entre 1º de janeiro e 16 de março de 2025, um total de 5.348 atendimentos de crianças.
O pediatra Cleison Brasão, responsável técnico dos médicos do PAI, traz algumas orientações para evitar complicações durante o inverno e faz um alerta para a importância de manter o calendário vacinal em dia, especialmente com as vacinas contra gripe, pneumococo e rotavírus.

Além disso, o médico orienta que as consultas de acompanhamento, como a puericultura, que avalia o crescimento e desenvolvimento da criança, sejam realizadas regularmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), para detectar precocemente qualquer sinal de risco.
"Outro ponto crucial é a triagem feita nas unidades de saúde, especialmente nos primeiros sinais de doenças respiratórias. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar a evolução de quadros graves, como a insuficiência respiratória ou pneumonia", reforça o pediatra.
Conheça as doenças sazonais mais comuns no inverno amapaense e saiba com preveni-las:
Virose
As viroses, especialmente as respiratórias, aumentam durante a temporada de chuva, causando sintomas como febre, dor no corpo, coriza e tosse. Embora sejam comuns, algumas viroses podem evoluir para quadros mais graves, como crises asmáticas ou pneumonia. Um dos fatores de risco são as crianças com sistema imunológico enfraquecido ou com doenças respiratórios crônicas como asma, que tendem a ter um agravamento nesses casos.
Bronquiolite
É uma infecção respiratória comum em bebês e crianças pequenas, causada principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Seus sintomas incluem tosse, dificuldade para respirar e chiado no peito. A bronquiolite pode levar a complicações graves, como insuficiência respiratória, se não tratada a tempo.
Pneumonia
Essas são mais prevalentes no inverno e frequentemente associadas a infecções virais, como o vírus sincicial respiratório. Elas afetam principalmente crianças com problemas respiratórios preexistentes, como a asma, ou com o sistema imunológico comprometido. Possuem um fato de risco maior pra as crianças com asma ou alergias respiratórias, especialmente durante crises asmáticas.

Asma
É uma condição crônica que pode se agravar no inverno devido à exposição a agentes infecciosos, mudanças de temperatura e ambientes fechados. Durante as crises asmáticas, os sintomas incluem chiado no peito, falta de ar e tosse persistente.
Infecções Intestinais
As infecções intestinais, como diarreia e vômito, são comuns no inverno devido à ingestão de alimentos contaminados ou ao consumo de água não tratada. Elas afetam especialmente crianças pequenas e podem levar à desidratação severa se não tratadas. Um dos fatores de risco que levam a essas infecções é o consumo de água não potável e alimentos mal armazenados.
“Com as medidas de prevenção corretas, como a vacinação em dia, higiene adequada e acompanhamento médico regular, é possível minimizar os riscos e garantir a saúde da população infantil”, ressaltou Brasão.
Confira algumas medidas de prevenção dessas doenças:
- Higiene das mãos: lavar as mãos frequentemente, principalmente após tosse ou espirro.
Evitar aglomerações: manter crianças longe de locais fechados com muitas pessoas; - Manter a imunidade alta: alimentação balanceada e, se necessário, suplementação de vitaminas e ferro;
- Evitar o contato com pessoas doentes;
- Acompanhamento regular ao médico: realizar consultas de acompanhamento nas unidades de saúde para prevenir complicações;
- Manter o calendário vacinal em dia, com destaque para vacinas contra a gripe e pneumococo;
- Higienização regular das vias respiratórias especialmente em crianças pequenas;
- Reduzir a exposição a alérgenos como poeira e fumaça;
- Higiene alimentar: lavar bem frutas e legumes antes de consumir;
- Água potável: garantir que as crianças consumam água tratada.
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