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ESTELIONATO

Homem é preso suspeito de cobrar dinheiro por cirurgias gratuitas do SUS, em Macapá

Prisão ocorreu nesta quinta-feira, 27, quando suspeito entrou em contato com a família de um paciente do Hospital de Emergência (HE); vítimas teriam pago R$ 13 mil.

Por Roberta Corrêa
27/03/2025 16h13
Polícia Militar efetuou a prisão em flagrante do suspeito nesta quinta-feira, 27

Um homem foi preso nesta quinta-feira, 27, e está sendo investigado por estelionato após denúncias de que ele cobrava dinheiro de pacientes para “vender” cirurgias e outros procedimentos gratuitos do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das vítimas estava internada no Hospital de Emergência (HE). O golpe chegou a R$ 13 mil.

O caso veio à tona após a filha de um paciente com problemas na vesícula, procurar a direção do HE e contar que teria pago R$ 2 mil para um procedimento no HE. Imediatamente, o diretor da unidade, Emanoel Martins, buscou a equipe da Polícia Militar, que fica de plantão no próprio hospital, para informar a ocorrência.

Emanuel Martins, diretor do Hospital de Emergência

"A filha de um paciente foi na direção do hospital informar que eles tinham feito o pagamento para o procedimento do pai e que até momento não havia acontecido. Imediatamente informamos que os serviços de saúde da rede pública são totalmente gratuitos. Nesse momento, detectamos que eles estavam sendo vítimas de um golpe e acionamos a polícia que fica de plantão no HE e assim articulamos para o flagrante do estelionatário", explicou Martins.

Com a ajuda da vítima, foi feita a prisão em flagrante em frente ao hospital, quando o suspeito foi procurar o familiar. Segundo o relato, ele teria recebido, num primeiro momento, R$ 7 mil para agilizar uma cirurgia feita pelo SUS, mas em outro hospital. O paciente acabou apresentando outro problema de saúde e precisou de atendimento no HE, onde a família pagou mais R$ 2 mil para o homem por um dreno.

"Um tempo atrás conhecemos este senhor e ele pediu sete mil reais para a cirurgia do papai e assim pagamos. Depois meu pai apresentou um acumulo de líquido e fomos para o HE, foi aí que ele pediu mais dois mil reais para uma drenagem e fizemos o pagamento de novo, pois não queríamos ver meu pai com dor", relata a vítima, que pediu para não ser identificada.

Familiares do paciente internado no HE, foram vítimas do golpe

O suspeito dizia às vítimas que conhecia os médicos do HE e que poderia providenciar toda a assistência do paciente, porém, após o pagamento, ele não deu mais retorno e não atendia as ligações, foi neste momento que a família desconfiou do golpe.

“Pedimos para a familiar do paciente insistir nas ligações, para que o suspeito viesse até o HE e assim aconteceu. No momento que ele chegou de carro, no carona, acompanhado por um motorista, a polícia deu voz de prisão e conseguiu prendê-lo, mas o motorista do carro conseguiu fugir", contou o diretor do HE.

Homem foi levado ao Ciosp e caso será investigado pela Polícia Civil

O homem foi encaminhado ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do Pacoval, onde outra vítima, também da mesma família, se apresentou informando que pagou R$ 4 mil via pix na manhã desta quinta, após passar por cirurgia, supostamente agilizada pelo homem.

“Eu já fiz uma cirurgia de vesícula 40 dias atrás e ainda estou com dreno. Esse cara entrou em contato comigo dizendo que eu não podia passar mais de 15 dias com esse dreno e que ia acelerar o procedimento de retirada, que já seria hoje [quinta-feira]. Nisso eu mandei o dinheiro e depois fiquei sabendo do golpe", relatou a segunda vítima.

Sargento Diego Santana, do 6º BPM

De acordo com o sargento Diego Santana, do 6º Batalhão da Polícia Militar (6º BPM), que efetuou a prisão, as vítimas testemunharam que o suspeito ficava em frente ao hospital, dizendo que facilitava exames e cirurgias por determinados valores, mesmo sem ter nenhum vínculo com a unidade de saúde. O caso será investigado pela Polícia Civil do Amapá.

"Sabemos que esses serviços são oferecidos pelo SUS e são totalmente gratuitos, percebemos que se tratava de estelionato e fizemos a prisão e descobrimos que ele tem outras denúncias sobre ele pelo mesmo crime", informou o militar.

As vítimas receberam assistência psicológica do HE, e o paciente segue internado recebendo toda a assistência, incluindo realização de exames de forma gratuita, sem a indicação, até o momento, de dreno. A direção reforça que a rede pública de saúde não cobra por nenhum procedimento, inclusive cirurgias.

"Estamos atentos a esses casos e reforçamos que nenhum hospital público cobra por exames e cirurgia. É inadmissível que pessoas de má fé se aproveitem da dor das pessoas, num momento de fragilidade. Ressaltamos que as cirurgias do HE estão ocorrendo com até 24h, e que todos os procedimentos, como exames, são feitos pela unidade”, concluiu o diretor do HE.

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ÁREA: Saúde