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CUIDADOS NEONATAIS

Método Canguru: Governo do Amapá reforça atenção humanizada a bebês prematuros de Santana e Mazagão

Curso é voltado para profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e da Estratégia Saúde da Família e segue até esta sexta-feira, 28.

Por Lorena Lima
28/03/2025 14h17
Método Canguru é uma das estratégias do Governo do Amapá para combater a mortalidade infantil
Método Canguru é uma das estratégias do Governo do Amapá para combater a mortalidade infantil
Foto: Gabriel Maciel/Sesa

Priorizando o acolhimento e a segurança nos cuidados neonatais, o Governo do Amapá promove até esta sexta-feira, 28, o curso sobre o Método Canguru, que consiste no aprimoramento dos cuidados com os bebês prematuros e o acolhimento das famílias após alta hospitalar. A sensibilização é voltada para profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e da Estratégia Saúde da Família dos municípios de Santana e Mazagão.

Enfermeiros, obstetras, médicos, terapeutas ocupacionais e técnicos estão desde a última terça-feira, 25, sendo orientados pela equipe da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para uma linha de cuidados que começa com a identificação do risco gestacional durante o pré-natal nas UBSs, segue com o pré-natal especializado, nascimento, e o desenvolvimento do bebê em casa.

Os quatro dias de curso estão sendo realizados na Escola Estadual Elizabeth Picanço Esteves e contam com aulas teóricas e práticas durante a manhã e tarde, com turmas de aproximadamente 30 pessoas por horário. Os participantes são orientados sobre acompanhamento do peso do recém-nascido, temperatura, amamentação e acolhimento da família, evitando a reinternação. 

Profissionais de saúde da Atenção Primária do município de Santana participaram da capacitação do Método Canguru
Profissionais de saúde da Atenção Primária do município de Santana participaram da capacitação do Método Canguru
Foto: Divulgação

De acordo com o Ministério da Saúde, são considerados prematuros os bebês que nascem com peso inferior a 1,5 mil gramas e de um período gestacional menor que 37 semanas. A enfermeira Rozilene Valadares, responsável técnica da Saúde da Criança da Sesa, enfatiza a importância do cuidado compartilhado, além do fortalecimento da puericultura.

Rozilene Valadares, enfermeira e responsável técnica da Saúde da Criança da Sesa
Rozilene Valadares, enfermeira e responsável técnica da Saúde da Criança da Sesa
Foto: Lorena Lima/Sesa

“Quando o bebê sai do hospital, ele precisa ser atendido nas UBSs, mas os profissionais precisam estar aptos receber essa clientela. Como o prematuro é muito pequeno, tem pessoas que sentem até medo de pegar, porque exige muito cuidado. Com a capacitação, podemos referenciar as unidades básicas do município para atender de acordo com o peso e a prematuridade”, explica a enfermeira.

Método Canguru

O Método Canguru é um conjunto de cuidados com o bebê que nasce prematuro e um trabalho de acolhimento e acompanhamento da equipe multidisciplinar de saúde, é dividido em três etapas:

  • Primeira etapa: focada em acompanhar e alertar sobre a gravidez de risco, e envolve os cuidados com o recém-nascido no primeiro contato com o pai e a mãe;
  • Segunda etapa: a equipe de saúde orienta na alimentação do bebê, na busca de aumentar o peso até o ideal preconizado pelo Ministério da Saúde.
  • Terceira etapa: acompanhamento contínuo do bebê prematuro em domicílio, com supervisão compartilhada dos profissionais dos hospitais que cuidam dessas crianças.
Andrea Torres, terapeuta ocupacional e coordenadora estadual do Método Canguru
Andrea Torres, terapeuta ocupacional e coordenadora estadual do Método Canguru
Foto: Lorena Lima/Sesa

"Nesta terceira etapa, é quando entra o trabalho das unidades básicas, que é a atenção básica, terciária, com uma transição do ambiente hospitalar para o doméstico, que é muito importante porque esses bebês que fazem parte do Método Canguru são especiais, necessita de um olhar especial", reforça a terapeuta ocupacional e coordenadora estadual do Método Canguru, Andrea Torres.

Vantagens do Método Canguru:

  • Reduz o tempo de separação entre a criança e sua família; 
  • Favorece o vínculo pai-mãe-bebê-família; 
  • Possibilita maior confiança e competência dos pais; 
  • Proporciona estímulos sensoriais positivos; 
  • Melhora o desenvolvimento do bebê; 
  • Estimula o aleitamento materno; 
  • Favorece controle térmico adequado; 
  • Reduz o risco de infecção hospitalar; 
  • Reduz o estresse e a dor; 
  • Melhora a comunicação da família com a equipe de saúde.

Os investimentos do Governo do Estado nas maternidades, na atenção ao parto e ao nascimento foram essenciais para a redução da mortalidade infantil no Amapá. Além disso, as ações da Secretaria de Saúde, com capacitação contínua dos profissionais, está colaborando para a diminuição da prematuridade extrema, promovendo qualidade de vida para esses bebês.

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ÁREA: Saúde