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SOCIOBIOECONOMIA

Governo do Amapá articula manejo sustentável do cipó-titica para comercialização nacional

A fibra é considerada o produto florestal não-madeireiro mais importante do estado com grande potencial econômico.

Por Alexandra Flexa
30/04/2025 12h38
Amapá abre rota comercial para o desenvolvimento da bioeconomia

Engajado em promover um desenvolvimento responsável com base na sustentabilidade, o Governo do Amapá executa tratativas que autoriza a exploração legal e abre rota comercial do cipó-titica para a Região Sudeste do país. Regulamentado pela resolução nº 061/2023, o manejo de uso sustentável da matéria-prima chega para ampliar a geração de emprego e renda, oportunizando pequenos extrativistas e associações que atuam no setor.

CONFIRA A RESOLUÇÃO Nº 061/2023

Originário do território amapaense, o cipó-titica é uma raiz de alta durabilidade, utilizado na fabricação de móveis refinados e muito requisitado no mercado, especialmente na rede hoteleira; a partir dele, também são produzidos objetos de uso doméstico e de decoração. A fibra é considerada o produto florestal não-madeireiro mais importante do estado, pois possui grande potencial econômico para a bioeconomia, um dos principais pilares de desenvolvimento assegurado no Novo Código de Governança Socioambiental.

Presidente da Associação de Extrativistas da Região do Cupixi, Ediana Dias

“Para nós é muito gratificante viver esse momento em que novas portas se abrem para que a gente possa trabalhar de forma justa e legalizada. Já vivemos tempos difíceis, mas hoje nos sentimos valorizados em ter o apoio do Governo do Estado que teve esse olhar por nós extrativistas, em ajudar a desenvolver e melhorar a nossa vida com dignidade”, declarou a presidente da Associação de Extrativistas da Região do Cupixi, Ediana Dias.

O empresário Frederico Simas, da empresa Bamboo Style, com sede no Rio de Janeiro, há mais de 40 anos trabalha com artigos em fibra, e afirma que veio ao Amapá atraído pela qualidade do cipó-titica.

Empresário Frederico Simas

“O Amapá, possui a melhor matéria-prima para a fabricação de móveis e demais artigos de fibra natural, isso porque aqui o cipó-titica dá em maior quantidade por hectare, possui resistência e qualidade superior a outros tipos de raízes que já utilizamos. Com o crescente valor de mercado nacional e internacional, buscamos estabelecer essa relação comercial com o Amapá, retomando a exploração de forma consciente e racional, respeitando a natureza e gerando benefícios para o extrativismo e o desenvolvimento”, ressaltou Simas.

Para tratar da extração do produto, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), reuniu com representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Prefeitura de Porto Grande, extrativistas da Região do Cupixi, setor empresarial da região sudeste e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), responsável pela pesquisa do manejo.

Chefe-geral da Embrapa/AP, Antônio Cláudio, secretária da Sema, Taisa Mendonça e o empresário Frederico Simas

“As tratativas em torno da bioeconomia do cipó-titica foram muito proveitosas, a parceria entre o setor privado, extrativistas e indígenas amapaenses é algo muito positivo, em breve vamos ter a comercialização legal para abastecer empresas do sudeste e para exportação. Esse é mais um produto que o Governo do Amapá insere no portfólio da bioeconomia para desenvolver o estado”, enfatizou o chefe-geral da Embrapa/AP, Antônio Cláudio.

A secretária de Estado do Meio Ambiente, Taisa Mendonça, explica que a partir de agora, a Sema vai emitir uma portaria com instruções acerca da aplicação da legislação e da resolução que regulamenta a exploração legal do cipó-titica.

"A portaria vai conter instruções sobre a legislação e as regras estabelecidas na resolução. Esse importante avanço reflete a expansão e o fortalecimento da bioeconomia que alcança o pequeno extrativista e os povos tradicionais, gerando emprego e renda. E, além disso, melhor qualidade de vida", enfatizou a secretária da Sema.

Produtos feitos do cipó-titica

Manejo sustentável

Para orientar o setor extrativista, a Embrapa vai construir uma cartilha com informações sobre práticas de manejo do cipó-titica com dados sobre a botânica da planta, crescimento, reprodução, sementes, frutos e a dinâmica de extração para comercialização.

Proximidade e desenvolvimento

O encontro marcou o início de uma nova era comercial e ampliação da bioeconomia no estado, com a implementação de novas políticas públicas na gestão ambiental, o ambiente tornou-se favorável no intercâmbio de negócios com celeridade e segurança jurídica, tanto para os investidores quanto para o setor extrativista que movimenta a base da cadeia produtiva.

A partir da resolução que autoriza de forma legal o manejo do cipó-titica, o Governo do Estado visa ampliar a atividade econômica que mantém a floresta em pé e promove dignidade aos povos tradicionais. 

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