Agência de Notícias do Amapá
portal.ap.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
LOCALIDADES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
MATERNIDADE

Hospital da Mulher Mãe Luzia e Ministério Público debatem violência obstétrica e o impacto na saúde materna

Encontro contou com escutas, acolhimento, orientação e estratégias de enfrentamento para os profissionais de saúde da maternidade.

Por Lorena Lima
09/05/2025 15h30
Momento foi de escuta, acolhimento entre a equipe do Hospital da Mulher Mãe Luzia e o Ministério Público do Amapá

A garantia de um parto humanizado, sem traumas é um trabalho permanente de conscientização dos profissionais de saúde que atuam no Hospital da Mulher Mãe Luzia, em Macapá. Na quinta-feira, 8, a unidade recebeu o Ministério Público do Amapá (MP-AP) para debater sobre estratégias de enfrentamento à violência obstétrica.

O momento foi de escuta, acolhimento entre a equipe e reafirmação da vocação de atuar na assistência à população. As atividades fazem parte do círculo de prática da justiça restaurativa desenvolvido pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde e do Centro de Apoio Operacional da Saúde do MP.

Cristiani Barros, diretora do Hospital da Mulher Mãe Luzia

Essa é mais uma ação de melhoria no atendimento das pacientes que buscam a maternidade. A diretora do Hospital da Mulher Mãe Luzia, Cristiani Barros, ressalta o compromisso do Governo do Estado em oferecer assistência integral às mulheres, que inclui ainda avanços na estrutura hospitalar.

"Estamos vivenciando um novo processo, uma nova estrutura e é importantíssimo que a assistência acompanhe o processo de melhoria. Não adianta você ter uma enfermaria melhorada e uma assistência que não corresponde a isso. Então, nós queremos entregar o pacote de melhorias para a população, que é estrutural e assistencial", pontuou a diretora.

Cerca de 30 profissionais da maternidade Mãe Luzia fizeram parte do círculo de práticas restaurativas do MP

Trazer o Ministério Público para dentro da instituição, não significar estar junto de uma entidade punitiva ou de pressionar o servidor, "mas sim, de aproximá-lo, ouvi-lo também para entender quais são as necessidades dele enquanto sujeito, como participante do processo, e do que pode ser feito para melhorar a assistência", completou Cristiani.

A presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres, Alzira Nogueira, explicou que o objetivo é formular um plano de trabalho que vai resultar numa carta compromisso para que o Ministério Público junto com as maternidades públicas e privadas do estado, trabalhem juntos para fortalecer a promoção do parto humanizado.

Alzira Nogueira, presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres e servidora do Ministério Público

“É com satisfação que realizamos o círculo de diálogo com o uso das técnicas e metodologias das práticas de justiça restaurativa para abordar a violência obstétrica. É extremamente desafiador no contexto local, nacional e internacional, e atravessa a assistência em saúde. No Amapá, há dois anos o Ministério Público, em conjunto com as equipes das maternidades Mãe Luzia e Bem Nascer, têm desenvolvido um trabalho muito firme para criar estratégias, com vistas a superar essa problemática”, explicou Alzira.

Durante o evento, o MP distribuiu a cartilha "Zero Violência Obstétrica" com conteúdo sobre a violência obstétrica, os tipos, como evitar, direitos da mulher, o que fazer e onde procurar ajuda, além de leis e atos normativos. Participaram do encontro enfermeiras, técnicas em enfermagem, médicas, obstetras, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogas e administradoras do Hospital da Mulher Mãe Luzia.

Cartilha 'Zero Violência Obstétrica' foi distribuída aos participantes

Violência Obstétrica 

São práticas que provocam danos à integridade física, psicológica e sexual de gestantes no pré-parto, trabalho de parto e no pós-parto, e em situações de abortamentos, envolvendo violência, agressão e negligência. A violência obstétrica também é classificada como uma violência de gênero.

Os profissionais da saúde têm um papel fundamental de combater e evitar essa violência obstétrica, promover a assistência efetiva e humanizada.

Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Siga o canal do Governo do Amapá no WhatsApp e receba notícias em primeira mão!

ÁREA: Saúde