Governo do Amapá apresenta ações de fortalecimento da agricultura familiar durante Assembleia das Aldeias Wajãpi, em Pedra Branca
Como medida emergencial, foram entregues 600 sacas de farinha e tapioca, além do anúncio de início da emissão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar.
Nesta segunda-feira, 23, durante a Assembleia Geral 2025 do Conselho das Aldeias Wajãpi (Apina), o Governo do Amapá apresentou ações emergenciais e políticas públicas voltadas à segurança alimentar, ao fortalecimento da agricultura familiar e à assistência técnica nas aldeias indígenas.
No Apina, foi anunciado o início da emissão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), realizado pelo Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), além da entrega de 600 sacas de farinha e tapioca para mitigar os impactos da praga que atinge a mandioca.
Foi também apresentada a Política de Assistência Técnica e Extensão Rural Indígena (ATER Indígena), executada pelo Rurap, que conta com a atuação de cinco Agentes Socioambientais Indígenas (ASAs), capacitados e contratados pelo Governo do Estado para atuar diretamente no enfrentamento à crise nas aldeias. Os agentes receberam certificados de capacitação durante o evento.
Outro anúncio relevante foi a aquisição de um caminhão para apoiar a logística de comercialização da produção extrativista dos Wajãpi, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA Indígena).
O diretor-presidente do Rurap, Kelson Vaz, destacou a importância dos ASAs como elo entre o Governo e as comunidades, e também anunciou a entrega de uma embarcação com combustível para apoiar o deslocamento dos agentes nas atividades diárias.
“Os Agentes Socioambientais Indígenas são a ponte entre a política pública e as necessidades reais das comunidades. Eles garantem que a assistência chegue de forma eficiente e culturalmente adequada”, afirmou.
O cacique da aldeia Pairakae, Kãmare Waiãpi, agradeceu a assistência do Governo do Estado durante a Assembleia Geral 2025 do Conselho das Aldeias Wajãpi.
“O apoio nesse momento de praga é fundamental para manter nossas roças e trabalho. Agradecemos ao governador Clécio Luís por atender nossas solicitações e garantir políticas públicas às nossas aldeias", disse o cacique.
A secretária de Desenvolvimento Rural, Beatriz Barros, ressaltou a resposta integrada do Estado.
“Enquanto buscamos soluções permanentes para a praga na mandioca, vamos oferecer alternativas de cultivo, como banana, abacaxi, melancia, maracujá e hortaliças. As mudas e sementes já estão em fase de aquisição e a implementação foi autorizada pelo governador Clécio Luís”, destacou Beatriz.
O diretor da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (Diagro), Álvaro Cavalcante, explicou que ainda não há variedades de mandioca resistentes à praga, e por isso a necessidade de alternativas.
“Não temos, até o momento, uma espécie de mandioca imune. Por isso, o incentivo a outras culturas será essencial para garantir a subsistência das famílias", frisou Cavalcante.
A gestora da Secretaria de Estado Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), Sônia Jeanjacque, enfatizou também a importância da atuação do Governo do Estado na escuta e articulação das demandas apresentadas pelos originários da região.
Apina
A Assembleia Geral 2025 do Conselho das Aldeias Wajãpi (Apina) reforça o compromisso da atual gestão com os direitos dos povos indígenas e a construção de soluções sustentáveis para os desafios enfrentados pelas comunidades tradicionais.
A comitiva do Governo do Amapá presente na Apina reúne cerca de 80 servidores de diversos órgãos, entre eles as Secretaria de Estado Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), de Educação (Seed), Meio Ambiente (Sema), Desenvolvimento Rural (SDR), Saúde (Sesa), Casa Civil, Comunicação (Secom), o Instituto de Terras do Amapá (Amapá Terras), a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro), o Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), a equipe de Mobilização Governamental e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
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