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I Congresso Estadual do Marabaixo reúne palestras, rodas de conversa e debate

O objetivo do evento foi discutir políticas públicas para valorizar a manifestação cultural amapaense

Por Redação
15/06/2017 13h24

Discutir políticas públicas voltadas para a valorização de uma das mais importantes manifestações culturais do Amapá. Esse foi o objetivo do I Congresso Estadual do Marabaixo ocorrido nesta quarta-feira, 14, que trouxe como tema “Na luta pela cultura amapaense, os avanços e desafios na garantia de direitos”. Estiveram presentes membros de comunidades quilombolas, de associações culturais, de grupos de marabaixo e alunos da rede pública estadual.

O evento é alusivo ao Dia Estadual do Marabaixo, comemorado em 16 de junho, e é promovido pelo Governo do Estado do Amapá, por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e Secretaria Extraordinária dos Povos Afrodescendentes (Seafro).

A programação do I Congresso Estadual do Marabaixo incluiu palestras sobre empreendedorismo, fomentos, turismo, cultura e educação, além de uma roda de conversa sobre as mudanças que o marabaixo passou ao longo do tempo. Um dos momentos mais importantes do evento foi um debate sobre as políticas públicas necessárias para a valorização da manifestação cultural. A discussão resultou em uma carta de intenção construída pelos participantes com metas e objetivos para que se possa buscar cada vez mais valorização do segmento. O documento será apresentado ao poder público.

A gestora da Seafro, Nubia Souza, explicou que o I Congresso Estadual do Marabaixo tem grande importância por oferecer a primeira possibilidade de se discutir ações afirmativas sobre a manifestação cultural. “Hoje a gente vai escrever essa história de ascensão da comunidade negra do Amapá. É um grande marco histórico”, destacou a secretária enfatizando que a meta é tornar a manifestação cultural cada vez mais popular.  “O marabaixo é uma riqueza cultural do Estado do Amapá, cada um de nós tem a responsabilidade de fomentar e organizar esse processo”, frisou.

Encontro de gerações

A dançarina Terezinha Silva, 49, foi uma das participantes do evento. Ela é integrante do grupo Raízes do Marabaixo e acredita que o evento é extremamente necessário para que a manifestação cultural possa se fortalecer. “Não podemos deixar nossa cultura acabar”, ressalta.

Se depender da estudante Lorraine Mendes, 12, o marabaixo terá um longo caminho pela frente. A menina é cantora e dançarina desde os cinco anos e realizou uma apresentação de durante o evento, onde entoou a Canção do Amapá. Ela explica que se sente orgulhosa com o reconhecimento que sua cultura vem recebendo. “Me sinto muito feliz e honrada em saber que o meu Estado está valorizando a importância da minha cultura.  Marabaixo para mim é amor, é vida, é tudo”, relatou.

Dia Estadual do Marabaixo

O dia 16 de junho foi instituído como como Dia Estadual do Marabaixo, conforme a Lei n° 1.521, sancionada em 29 de dezembro de 2010. A data foi escolhida por representantes de entidades responsáveis pelo desenvolvimento da manifestação cultural amapaense, mais precisamente por organizadores, festeiros e comunidades convidadas do Ciclo do Marabaixo.

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