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GEA promove evento para discutir políticas públicas para o agronegócio

Com a participação de empresários do Paraná, a intenção foi discutir boas ideias para desenvolver o agronegócio no Amapá

Por Redação
27/06/2017 18h17

O evento aconteceu no Palácio do Setentrião com a presença do governador Waldez Góes

Na busca de construir políticas públicas e discutir boas ideias para desenvolver o agronegócio no Estado, acadêmicos, agricultores, empresários e gestores estiveram nesta terça-feira, 27, no “Seminário de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Amapá”, promovido pelo governo do Estado, sob a coordenação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR) em parceria com Justiça Federal.

Durante a programação, que aconteceu no Salão Nobre do Palácio do Setentrião, os participantes puderam acompanhar palestras de dois agroempresários do Estado do Paraná, que relataram suas experiências como empreendedores de sucesso e ainda sugeriram algumas propostas para ajudar no desempenho do agronegócio do Amapá.

A palestra "O desenvolvimento municipal e estadual com ênfase no agronegócio e no pequeno produtor rural", ministrada pelo agroempresário Marino José Franz, abordou uma visão geral dentro da cadeia do agronegócio e algumas características que beneficiam o produtor rural do Amapá, como a disponibilidade de áreas, chuvas abundantes, baixo custo de implantação dos projetos e a viabilidade de duas safras de grãos por ano.

“Todas as características reunidas já formam um grande cenário positivo para investimento na economia local. Mas um ponto importante a ressaltar é que diante de estudos que realizamos, o Amapá possui uma área de cerrado de mais 800 mil hectares. Desse número, de acordo com que é permitido em lei, cerca de 400 mil hectares podem ser utilizados para agricultura”, afirmou Franz.

O agroempresário Mário José Branch sugeriu para o Estado do Amapá a criação de um parque tecnológico que funcionaria como um centro de agroinovação sustentável para dar suporte, prestar assessoria e criar novas empresas na região. Ele seria formado por empresas, instituições de ensino, incubadora de negócios, centros de pesquisa e laboratórios que acabam criando um ambiente favorável a inovação tecnológica.

Branch dividiu, ainda, a experiência do Programa de Avicultura Familiar (PAF) que nasceu com sucesso em Alagoas e atualmente vem sendo modelo no Brasil, em fase de implantação implantado no Paraná, Rondônia, Piauí, servindo inclusive como soluções para países que possuem as mesmas dificuldades como Haiti, Paraguai, Nicarágua e Moçambique.

Ele explicou que na avicultura existem dois modelos de produção: industrial - denominado de frango comercial - e o colonial - aves rústicas ou caipiras em pequena escala, mas com um potencial de crescimento interessante, devido ao fácil manejo e as alternativas alimentares como o “orgânico”, “verde”, “rústico-alternativo”.

A empresa brasileira Globoaves utilizou o método do PAF, implantado através de um sistema de manejo, criação e produção de aves caipiras a famílias de baixa renda, produzindo “proteína para alimentação humana” através do ovo e carne de aves caipiras, além da sustentabilidade na venda destes produtos ao mercado regional. 

O governador do Amapá, Waldez Góes, disse que o governo está trabalhando para resolver alguns empecilhos que são enfrentados para que essa produção local seja expandida cada vez mais, como a regularização fundiária das terras, o que irá permitir a titulação das áreas e assim a possibilidade dos agricultores conseguirem as linhas de créditos nos bancos. Além disso, ele destacou os avanços e investimentos nas áreas da educação, pesquisa, tecnologia e infraestrutura.

“Essa troca de experiências com os empreendedores de outros Estados e os nossos agricultores irá ajudar a mapear o Amapá, e as informações no contexto macro agregam de forma estratégica para que se possa trabalhar e inserir mais políticas públicas para o setor”, explicou o governador.  

O secretário Estado de Desenvolvimento Rural (SDR), Osvaldo Hélio Dantas, falou que existem diversos tipos de produtos que podem ser comercializados no Amapá e destacou a produção de milho e soja. “Esses produtos poderão dar uma nova dinâmica para a nossa economia, principalmente para exportação e verticalização da produção que poderá ser desdobrada para outras cadeias produtivas como a avicultura, piscicultura e suinocultura”, explicou o gestor.

Participaram da mesa de trabalho, além dos palestrantes, o governador Waldez Góes, o deputado federal Roberto Góes, juiz federal João Bosco e o secretário da SDR Hélio Dantas.

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