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Sesa alerta população sobre vírus H1N1

Complicações normalmente são mais comuns em idosos e grupos de risco. Amapá antecipou 177 mil doses da vacina para os municípios

Por Da Redação
18/04/2016 14h43

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) , por meio da Vigilância Epidemiológica, alerta a população a ficar atenta aos sintomas da Influenza, causada pelo vírus H1N1. Os principais são: febre alta (maior que 39 graus), dores de cabeça e musculares intensas, cansaço extremo, tosse contínua e seca, ardência nos olhos, além de calafrios frequentes. Na presença desses sintomas é importante procurar imediatamente um serviço de saúde e não tomar medicamentos sem orientação médica, pois a automedicação pode ser prejudicial ao quadro clínico. 

Os hospitais e unidades mistas da rede estadual de saúde já tem disponível o medicamento antiviral indicado para os casos de gripe H1N1, o Oseltamivir (Tamiflu®), que só pode ser prescrito pelos médicos após seguir o Protocolo do Ministério da Saúde sobre a identificação dos casos suspeitos. 

De acordo com a Coordenação de Assistência Farmacêutica (CAF), o Tamiflu está sendo distribuído desde a semana passada nas unidades de saúde em quantidade suficiente para o tratamento de até duas mil pessoas. "É importante deixar claro que não é toda gripe que é H1N1, ou que irá desencadear para um quadro grave. O profissional de saúde e a população devem estar cientes que nem todo caso tem indicação do Tamiflu", alerta o coordenador de Vigilância em Saúde do Amapá, Clovis Miranda.  

Vacinação 

Atendendo a um pedido apresentado pelo governador Waldez Góes e a secretária da Saúde, Renilda Costa ao Ministro da Saúde, a campanha nacional de vacinação contra gripe H1N1 foi antecipada no Estado do Amapá. Prevista para o período de 30 de abril a 20 maio, a vacinação iniciou na última sexta-feira, 8, na capital Macapá. A Sesa vai distribuir 177 mil doses da vacina nos 16 municípios do Estado.   

A vacina é direcionada, principalmente, a grupos prioritários: crianças entre 6 meses até 5 anos, pessoas com mais de 60 anos, gestantes, profissionais de saúde e portadores de deficiências imunológicas ou doenças crônicas não transmissíveis (hipertensos, diabéticos, obesidade mórbida).

Os usuários desses grupos que tomaram a vacina o ano passado encontram-se imunizados até o início da próxima campanha, quando devem procurar os serviços de saúde para atualizar a dose. Àqueles que não se vacinaram em 2015 podem procurar sua Unidade Básica de Saúde (UBS) para se imunizar. 

Prevenção

Como na gripe comum, o vírus Influenza A é contraído pelas vias aéreas superiores (narinas, boca e garganta), podendo causar a gripe H1N1, que pode ser transmitida de pessoa a pessoa, especialmente através de secreções respiratórias (tosse, espirro). Dessa forma, é importante que sejam tomadas medidas de prevenção com o objetivo de evitar a proliferação do vírus, o agravamento de sintomas ou mesmo possíveis infecções secundárias.

 

Perguntas e respostas sobre a gripe H1N1 (fonte: FSP)

O VÍRUS

1. O que é a gripe H1N1?

É uma gripe do tipo A causada pelo vírus H1N1, que circula entre humanos. Ele foi detectado no México, em abril de 2009, e se disseminou rapidamente, causando uma pandemia mundial chamada, na época, de gripe suína.

2. Como ela é contraída?

Quando se inala secreções do doente ao falar, espirrar ou tossir e quando há contato com superfícies infectadas, como mesas, maçanetas ou talheres.

3. Quais são os sintomas?

Os mesmos da gripe normal, porém mais fortes: febre alta, tosse, dor muscular, dor de cabeça e de garganta, coriza e irritação nos olhos e ouvidos. Também pode provocar falta de ar e dor no tórax.

4. Como posso me prevenir?

A vacinação é a melhor maneira, mesmo não sendo 100% eficaz. Além disso, evite levar a mão aos olhos, ao nariz e à boca, lave sempre as mãos com sabão ou álcool e cubra a boca quando for tossir ou espirrar.

5. Como funciona o tratamento?

O doente deve repousar, beber muito líquido e evitar álcool e cigarro. Medicamentos como o paracetamol (Tylenol) podem ser usados para combater febre e dores. Em casos graves ou grupos de risco (idosos, crianças, asmáticos, cardiopatas, diabéticos, indígenas, entre outros), pode ser recomendado antiviral, como o oseltamivir (Tamiflu), vendido com receita médica.

6. Qual é a diferença entre o H1N1 e os outros vírus da gripe?

O H1N1 tem mais chances de causar complicações como a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), especialmente em pessoas de maior risco. No Brasil, houve 45 óbitos por SRAG ligada ao H1N1 até 22.mar.2016 –90% do total de mortes por gripe no país.

 

GRIPE ANTECIPADA

7. Por que a gripe chegou antes este ano?

Não se sabe exatamente, mas há certa tendência de antecipação a cada ano. Alguns dos motivos podem ser o contato com turistas –que trouxeram o vírus do hemisfério Norte–, a variabilidade do clima e a baixa vacinação em 2014 e 2015. Mas é difícil para especialistas chegar a uma conclusão.

8. Há motivo para pânico?

Não. Deve-se seguir as recomendações de higiene e, assim que possível, tomar a vacina, especialmente os grupos de risco (idosos, crianças, asmáticos, cardiopatas, diabéticos, indígenas, entre outros). É a melhor maneira de prevenir a doença.

9. Como reduzir as internações por causa da gripe?

Uma possibilidade seria priorizar a vacinação para grupos de maior risco na rede privada, assim como acontece na rede pública. Também é importante dar prioridade no atendimento, evitando a complicação da doença.

10. Devo ir ao hospital assim que sentir um dos sintomas da gripe ou sair correndo para tomar a vacina?

Nem sempre. Pode ser que seja apenas um resfriado. Ir a um pronto-socorro ou a um consultório médico pode expor a pessoa, que já está com a imunidade baixa, a microorganismos e fazer com que ela contraia a gripe ou outras doenças.

11. Como sei se estou com gripe ou se é apenas um resfriado?

No resfriado, os sintomas são nariz escorrendo, espirros, um pouco de dor no corpo e às vezes febre baixa e tosse. Já a gripe se inicia de repente e tem como principais marcas febre alta, tosse seca e fortes dores no corpo e de garganta. Ela também pode evoluir e provocar complicações no pulmão, resultando em falta de ar.

 

VACINAÇÃO 

12. A vacina protege contra quais vírus?

A vacina dada na rede pública é a trivalente, contra as gripes A (H1N1), A (H3N2) e um tipo da B. Na rede privada também é oferecida a quadrivalente –que protege contra mais um tipo da B. Se o paciente também quiser tomar a segunda, deve aguardar o intervalo de um mês entre as doses.

13. Ela é 100% eficiente?

Não, a eficácia é de 60% a 90%, dependendo da faixa etária do paciente e de outros fatores, como presença de infecções e doenças crônicas.

14. Quanto ela custa?

Cerca de R$ 120 (trivalente) e R$ 200 (quadrivalente) na rede particular. Na rede pública a vacinação é gratuita e a preferência é para grupos de risco (idosos, crianças, asmáticos, cardiopatas, diabéticos, indígenas, entre outros).

15. Quem não pode tomar a vacina?

Bebês menores de seis meses e quem já teve reações anafiláticas em aplicações anteriores. Quem teve a síndrome de Guillain-Barré ou tem reações alérgicas graves a ovo –a vacina contém traços de proteínas do alimento– também deve ter cautela.

16. Quando começam as vacinações?

A campanha nacional começa em 30.abr e vai até 20.mai. Na Grande São Paulo, a vacinação foi antecipada para crianças de seis meses a cinco anos, idosos e gestantes (a partir de 11.abr). Na rede particular já é possível encontrar a vacina.

17. A vacina vale por quanto tempo?

Ela demora de três a quatro semanas para começar a fazer efeito e é útil por seis a oito meses, uma "temporada" do vírus. Normalmente as cepas mudam, por isso é preciso fazer a vacinação todo ano.

18. A vacina de 2015 pode ser usada em 2016, como aconteceu em algumas cidades ?

Sim, já que o H1N1 não mudou. Mas, mesmo para quem tomou a de 2015 neste ano, é necessário o reforço da vacina de 2016. A do ano passado também é pouco eficaz contra os outros tipos de gripe.

19. Se eu já tiver pegado a gripe H1N1, ainda preciso tomar a vacina?

Precisa. Quem foi infectado fica imunizado por um tempo, mas depois pode voltar a pegar a doença. O tempo de imunização após a infecção é mais prolongado que o da vacina, porém não é possível prevê-lo porque é bastante variável.

20. Quem toma a vacina tem chances de ficar gripado como "reação da vacina"?

Não. O máximo que pode acontecer são dores locais e mal estar. 

 

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