Força-tarefa inicia diagnóstico sobre barragem no garimpo do Lourenço
Grupo é formado por representantes de órgãos estaduais e federais e militares.
Antes da viagem para o município de Calçoene, integrantes da força-tarefa participaram de uma reunião no Palácio do Setentrião
Uma força-tarefa composta por 50 pessoas, entre técnicos, engenheiros de órgãos estaduais e federais e militares seguiu, nesta segunda-feira, 15, para o Distrito do Lourenço, no município de Calçoene, a 360 km de Macapá. A visita técnica possibilitará um diagnóstico da área da Cooperativa dos Garimpeiros do Lourenço (Coogal), onde se encontra a barragem de rejeito de mineração, que corre o risco de rompimento, de acordo com o relatório técnico entregue ao Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP).
Durante reunião nesta segunda, no Palácio do Setentrião, o grupo composto pelo prefeito do município de Calçoene, Jones Cavalcante, e representantes dos órgãos ambientais, Defesa Civil, Polícia Federal (PF), Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), Grupo Tático Aéreo (GTA), Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (Sims), Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Mineração e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), detalharam o plano de ação, cuja primeira etapa deve ser concluída em uma semana.
A força-tarefa, coordenada pela Defesa Civil Estadual, vai levantar dados, emitir relatórios, apresentar conclusões e apontar quais intervenções técnicas emergenciais e corretivas deverão ser feitas no âmbito da engenharia, diretamente na estrutura da barragem, para evitar o rompimento e, consequentemente, danos humanos, ambientais e materiais decorrentes de um desastre.
O grupo tem até sexta-feira, 19, para apresentar o relatório final ao governador do Amapá, Waldez Góes. Na semana passada, ele esteve em Brasília e pediu auxílio do governo federal para eliminar o iminente risco de rompimento da barragem na região de garimpagem do Coogal.
“Essa ação no garimpo do Lourenço é fruto da ida do governador Waldez a Brasília, em busca de apoio para evitar um desastre na região. Com o apoio dos órgãos federais, vamos traçar um diagnóstico e definir soluções para esse problema”, detalhou o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Wagner Coelho.
O próximo passo será elaborar os planos de Contingência e de Intervenção e Recuperação da barragem e enviá-los ao Ministério da Integração Nacional para a capitação de recursos federias, para a execução de duas linhas de ação. A estimativa é que todo o processo emergencial seja concluído em 30 dias.
“Estamos nos antecipando ao problema para que o pior não aconteça. Milhares de famílias dependem das atividades minerais para sobreviver e precisam voltar para sua rotina”, declarou o prefeito Jones Cavalcante. Em Calçoene, aproximadamente seis mil pessoas vivem da exploração de ouro.
Por parecer técnico do Instituto de Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá (Imap) e da Defesa Civil, as atividades minerais na área da Coogal estão suspensas desde dezembro do ano passado.
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