Bailique: Força-tarefa identifica 147 famílias afetadas pelo fenômeno das terras caídas
Levantamento irá subsidiar ações do governo do Estado para amenizar os danos causados na região.
Integrantes da força-tarefa visitaram as famílias afetadas pelo fenômeno natural que atinge o Arquipélago do Bailique
Uma força-tarefa do Governo do Amapá esteve no Arquipélago do Bailique entre os dias 11 e 14 de janeiro para fazer o levantamento das famílias atingidas pelo fenômeno natural denominado “terras caídas” e um diagnóstico dos danos causados aos serviços públicos essenciais. Foram identificadas 147 famílias, que correspondem a 686 pessoas afetadas, de acordo com relatório da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), que gerencia os trabalhos.
Desse total, 381 são adultos, 268 crianças e adolescentes e 37 idosos. A região mais prejudicada é a Vila Progresso, seguida da Vila Macedônia, Igarapé Miriti e Franco Grande. Além do cadastramento dessas pessoas por faixa-etária, foram consolidados o relatório fotográfico com georreferenciamento; mapeamento da infraestrutura das passarelas e residências; diagnóstico da estrutura de abastecimento de água potável e de fornecimento de energia elétrica.
A força-tarefa foi composta por representantes da Cedec, do Gabinete Civil, Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM/AP), Secretarias de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims), da Infraestrutura (Seinf) e companhias de Água e Esgoto (Caesa) e de Eletricidade do Amapá (CEA).
Segundo o chefe da Seção de Operações da Cedec, tenente bombeiro militar Ronald Patric Rodrigues, as equipes identificaram, dentre outros problemas, condições precárias das passarelas atingidas pela erosão, oferecendo risco aos moradores que trafegam por elas diariamente; falhas de abastecimento de água e energia na região, inclusive afetando a Escola Bosque, que atende aproximadamente 780 alunos em dois turnos. Nos últimos três anos, a maré já avançou cerca de 150 metros no entorno da escola e agora está a menos de três metros da instituição de ensino.
“Todos os dados e diagnósticos traçados irão subsidiar as próximas ações do Estado, no sentido de amenizar os danos causados pelo fenômeno natural na região. Estamos avaliando pleitear pela Defesa Civil auxílio ao Ministério da Integração Nacional, como uma das medidas emergenciais”, declarou o tenente Ronald Patric, acrescentando que os órgãos envolvidos devem reunir-se novamente nos próximos dias para planejar as intervenções a serem executadas na região.
Terras caídas
Trata-se de um fenômeno natural de erosão da margem fluvial. É o processo de desgaste das margens do rio, causado pelo fluxo de suas águas e pelas fortes chuvas que transportam pedaços de solo - ou de rocha - deteriorados (processo de sedimentação), resultando no deslizamento de terra.
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