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Terras Caídas: Ação emergencial do GEA remove estruturas escolares no Bailique

Intervenção começou nesta segunda-feira, 12, com a desmontagem das estruturas atingidas pelas águas do fenômeno natural.

Por Da Redação
12/02/2018 13h44

Ação emergencial acontece nas escolas Itamatatuba, Júlia Bruno e Escola Bosque. Calendário letivo de 2018 não será prejudicado.

O Governo do Estado do Amapá (GEA) se mobilizou para evitar que parte de três escolas do distrito do Arquipélago do Bailique, em Macapá, sejam levadas pelas águas do fenômeno “terras caídas”, que vem atingindo a região. São elas: Itamatatuba, Júlia Bruno e Escola Bosque. A intervenção começou nesta segunda-feira, 12, com a desmontagem das estruturas atingidas, a fim de que sejam transferidas para um local mais seguro, antes da próxima lançante da maré prevista para o período de 15 a 18 e fevereiro, durante a lua cheia.

A ação emergencial foi decidida no sábado, 10, no Palácio do Setentrião, durante encontro que reuniu o Gabinete Civil, secretarias de Educação (Seed), Meio Ambiente (Sema), Infraestrutura (Seinf), Comunicação (Secom), Defesa Civil e Instituto de Pesquisa Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa). O Iepa e a Sema já estudam o georreferenciamento dos locais para onde serão transferidas as estruturas.

Escola Itamatatuba

Mesmo com a ação do “terras caídas” que atinge o Bailique todo ano, a Secretaria de Estado da Educação tem garantido a execução do calendário escolar e nenhum aluno ficou sem aula. “Na Escola Itamatatuba, por exemplo, todas as medidas adotadas pela Seed para evitar que os alunos fossem prejudicados, foram tomadas em conjunto com a comunidade. Tivemos a preocupação em organizar uma estratégia para não mudar as crianças do 1º ao 5º ano, para outra área fora do Arquipélago”, reforçou a secretária de Apoio à Gestão, Keuli Baia, referindo-se às adaptações realizadas, ainda no ano passado, na instituição.

Parte da estrutura que seria atingida foi remanejada para uma área atrás do estabelecimento de ensino. Essa intervenção envolveu adaptações em passarelas e nas salas de aula. “Com isso, foi possível terminar o ano letivo de 2017 sem prejuízos pedagógicos. E, agora, estão sendo feitos reparos para melhorar as instalações para o ano letivo de 2018”, frisou Keuli Baia.

Escola Bosque

Localizada na Vila Progresso, a Escola Bosque tem a estrutura dividida em oito módulos (blocos). Destes oito módulos, dois já foram atingidos pela força da natureza. A instituição conta, atualmente, com 800 alunos do ensino regular fundamental e médio. No momento, os alunos estão de férias, o que facilita o remanejamento, uma vez que as aulas começam em março.

O primeiro módulo atingido, ainda no ano passado, foi o administrativo. A Secretaria de Educação esvaziou esse espaço e adaptou parte do auditório para funcionar como a área administrativa a fim que de que não fosse prejudicado este tipo de serviço na instituição. Já o segundo módulo atingido pelo fenômeno natural é composto por quatro salas de aula.

São estes dois módulos que estão sendo desmontados para funcionarem em outro local. “Essa é uma ação preventiva para evitar a perda total do patrimônio e já foi alinhado com a Secretaria de Estado da Administração (Sead) para tratar da parte documental”, esclareceu a secretária de Apoio à Gestão da Seed.

Escola Júlia Bruno

Já a Escola Julia Bruno, localizada na Vila Ponta da Esperança, será toda desmontada e o ano letivo de 2018 vai começar na associação comunitária da vila. Os reparos que seriam feitos no estabelecimento de ensino, serão executados no prédio da associação, como a manutenção de banheiros, cozinha, espaço onde funcionarão as salas de aula e outros. “Todo o trabalho é para que o ambiente fique apto para atender aos alunos este ano”, assegurou Keuli Baia.

Monitoramento

Desde 2015, os órgãos estaduais têm feito estudos para obter um quadro geral da complexidade do fenômeno “terras caídas” e suas possíveis soluções. Entre elas, está a transferência das comunidades do Arquipélago do Bailique para outro local. Paralelo aos estudos, medidas emergenciais estão sendo estabelecidas com a Defesa Civil Estadual, para que a vida da população seja resguardada, no Bailique.

A Defesa Civil segue monitorando 13 comunidades na região. São elas: Igarapé Grande do Curuá, Salmo 21, Limão do Curuá, Itamatatuba, Ilhinha, Foz do Gurijuba, Junco, Andiroba, São Pedro, Franco Grande, Ponte da Esperança, Vila Progresso e Vila Macedônia. Dessas 13 comunidades, seis estão em maior risco: Itamatatuba, Franco Grande, São Pedro, Vila Macedônia, Vila Progresso e Ponta da Esperança.

Além da região do Bailique, o município de Itaubal do Piririm e a comunidade do Sucuriju, no município de Calçoene, também estão sendo atingidas por fenômenos da natureza. Com isso, o GEA estuda a decretação de estado de emergência. Também há mobilização da Defesa Civil Estadual junto ao Ministério da Integração em busca de auxílio para atuar nestas regiões.

Diagnóstico

Equipes do Governo do Amapá estiveram no Arquipélago do Bailique entre os dias 11 e 14 de janeiro para fazer o levantamento das famílias atingidas pelo fenômeno “terras caídas” e, um diagnóstico dos danos causados aos serviços públicos essenciais. Foram identificadas 147 famílias, que correspondem a 686 pessoas afetadas, de acordo com relatório da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), que gerencia os trabalhos.

Desse total, 381 são adultos, 268 crianças e adolescentes e 37 idosos. Além do cadastramento dessas pessoas por faixa-etária, foi consolidado o relatório fotográfico com georreferenciamento; mapeamento da infraestrutura das passarelas e residências; diagnóstico da estrutura de abastecimento de água potável e de fornecimento de energia elétrica.

Terras caídas

Trata-se de um fenômeno natural de erosão da margem fluvial. É o processo de desgaste das margens do rio, causado pelo fluxo de suas águas e pelas fortes chuvas que transportam pedaços de solo - ou de rocha - deteriorados (processo de sedimentação), resultando no deslizamento de terra.

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