PAI registra aumento de mais de 500% nos casos de pneumonia
Registros da doença passaram de 87, em abril, para 511, em maio. Somente nos dez primeiros dias de junho, mais de 700 crianças foram atendidas no PAI.
Atendimentos são feitos de acordo com a classificação de risco definida durante a triagem dos pacientes
Desde o mês de maio, o Pronto Atendimento Infantil (PAI) tem registrado um crescimento no número de casos de pacientes com problemas e doenças respiratórias graves, o que tem aumentado a demanda do atendimento de observação e internação. Nesse cenário chamam a atenção os pacientes diagnosticados com pneumonia, que passaram de 87, em abril, para 511, em maio, alta de mais de 500%.
Apenas nos primeiros 10 dias de junho, 764 crianças foram atendidas no PAI vítimas de algum problema respiratório, o número representa 43% de todos os casos que deram entrada no mês de maio na unidade, quando 1.748 mil pacientes foram atendidos com doenças como asma, gripe, obstrução nasal e infecções das vias aéreas superiores (IVAS).
A pediatra e diretora do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), Zoraima Maramaude, explica que com o aumento dos casos, é importante que os pais ou responsáveis pelas crianças tomem certos cuidados para evitar a evolução dessas doenças.
“O que nos chama atenção é o grau de gravidade com que as crianças estão chegando ao PAI. É importante que os pais fiquem atentos. Tudo começa com um quadro gripal com a criança apresentando tosse, febre, espirros, nesses primeiros sintomas é a hora de procurar uma Unidade Básica de Saúde [UBS], e lá, receber as orientações do médico”, explica Zoraima.
Segunda ela, é necessário evitar locais com aglomerações, já que podem ter pessoas com o vírus da gripe. Outros cuidados são evitar pegar chuvas ou sair com a criança quando o sol estiver muito forte. Cuidados com a higiene da criança, bem como das pessoas que entram em contato com ela, também são importantes.
A diretora ainda orienta que os pais só devem procurar atendimento no PAI, em caso de piora ou agravamento no quadro da criança. O alerta é necessário já que a unidade é voltada para os atendimentos de média e alta complexidade infantil, mas ainda é muito procurada para atender casos que poderiam ser acompanhados nas UBSs.
No PAI, o acolhimento é feito com classificação de risco. Logo que o paciente chega ele é submetido a uma triagem, através da qual os profissionais avaliam a gravidade do caso. Desta forma, a prioridade no atendimento é dada para os casos mais graves e não por ordem de chegada. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta que os casos de baixa complexidade, que costumam esperar por mais tempo para atendimento no PAI, sejam levados para as UBSs.
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