Mineradora de ouro com atuação no Amapá conhece Tesouro Verde e sinaliza adesão
Programa visa a arrecadação através de créditos de florestas negociados no mercado financeiro. Plataforma foi apresentada à Beadell Brasil Ltda.
Encontro ocorreu na sala do empreendedor, na Agência Amapá
O Programa Tesouro Verde do Governo do Amapá foi apresentado na quarta-feira, 27, aos representantes da terceira maior mineradora de ouro do país e também a que mais emprega no Estado. A perspectiva é de que a Beadell Brasil Ltda faça a adesão ao Programa, que corresponde a um instrumento econômico de monetização dos bens ambientais intangíveis (florestas nativas preservadas – de natureza privada ou pública), com possibilidade de comercialização destes créditos no mercado de ativos.
A apresentação aconteceu durante encontro de técnicos da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) e Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá) e a Diretoria Institucional do BMTCA, detentora da plataforma do Programa Tesouro Verde do Amapá, além dos representantes da mineradora. O encontro ocorreu na sala do empreendedor, na Agência Amapá, e gerou grandes expectativas para a empresa e também para o governo.
O Programa Tesouro verde é desenvolvido através de uma plataforma digital segura e transparente, com registro em blockchain, onde os investidores têm a oportunidade de negociar ativos do Estado, do Brasil e do mundo. Em seu patrimônio, o Amapá já tem 170 milhões de créditos florestais (estimados em R$ 13,2 bilhões, aproximadamente) graças à preservação de 93% de sua cobertura vegetal nativa intacta. O Amapá foi o primeiro estado a quantificar um estoque desta natureza no Brasil.
Para o gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Beadell, Eduardo Lobo Teixeira, o programa é interessante, agrega importantes valores aos produtos da mineradora, além de contribuir para que a empresa cumpra com o que a lei determina. “Quer queira, quer não, a lei florestal estabelece 80% de reserva legal, então, já partimos desta premissa, de que a própria legislação nos indica a aderir. Por outro lado, é um projeto muito importante que vai agregar valor imensurável aos nossos produtos. Portanto, além da adesão, queremos também ser grandes incentivadores do Tesouro Verde”, falou Teixiera.
O gerente informou que vai levar a proposta até a direção da empresa e, o quanto antes, pretende ter um retorno positivo acerca da adesão ao Programa Tesouro Verde no Estado.
O secretário de Estado do Planejamento, Eduardo Tavares, avalia que a Beadell é uma empresa de grande relevância para o Amapá, por isso é importante que ela possa aderir ao Selo Sustentabilidade e levar essa marca para outros países, ajudando o Amapá a expandir o programa para outros mercados.
“O acompanhamento da atividade da empresa no Amapá tem comprovado que se trata de um projeto de mineração industrial, com garantia socioambiental, tecnologia e segurança aplicada, o que viabiliza sua classificação como baixa emissão de carbono. Acreditamos que o Tesouro Verde pode agregar um adereço ambiental à marca, com repercussão muito positiva no mercado interno e externo”, avaliou o secretário.
Para que esses créditos se tornem recursos e compensem o Estado por sua preservação, as empresas devem obter o Selo Sustentabilidade. Esta certificação deve ser acessada através da plataforma do programa, no endereço http://www.plataformatesouroverde.com.br/compraSelo/AP, onde devem ser preenchidos os dados de área ocupada, consumo de energia, água e combustível, no período de um ano.
Para mais informações, acesse: tesouroverde.ap.gov.br
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