Com financiamento da Afap, piscicultor adquire tanques-rede para criação de tambaqui
O crédito foi concedido por meio de recursos do Fundo de Desenvolvimento Rural (Frap), gerenciado pela Afap.
Tanques-rede entregues ao piscicultor Paulo Nazareno medem 8 m³ e têm capacidade para 600 alevinos
A Agência de Fomento do Amapá (Afap) entregou na última sexta-feira, 5, três tanques-rede para criação de alevinos, espécie tambaqui, para o piscicultor Paulo Nazareno Fonseca, da Comunidade Gleba Matapi II, localizada no km 50 da BR 210. Os equipamentos, que medem 8 m³ e têm capacidade para 600 alevinos, foram financiados com recursos do Fundo de Desenvolvimento Rural do Amapá (Frap).
Tanque-rede são estruturas que flutuam na água e confinam os peixes em seu interior. A principal vantagem é o aproveitamento de grandes áreas inundadas, utilização de água já existente, sem a necessidade de fazer escavações e desmatamentos, evitando problemas de erosão e assoreamentos de lagos e rios.
“Este tipo de cultivo é uma alternativa moderna e viável para o Amapá porque não precisa de escavação. O tanque é instalado em um rio com pouca correnteza e assim que o tanque é montado já pode iniciar a atividade”, explicou Paulo Ronaldo Silva, técnico de Extensão da Agência de Pesca do Estado do Amapá (Pescap).
O piscicultor Paulo Nazareno enfatizou que as orientações da Pescap, juntamente com o financiamento da Agência de Fomento, foram essenciais para a implantação do seu projeto. A expectativa é que o abate aconteça em aproximadamente 12 meses, quando o peixe para venda terá, em média, de 2,5kg a 3kg.
“Foi fundamental o apoio da Pescap e da Afap, principalmente pra mim que estou iniciando na criação de alevinos. Ainda temos um longo caminho até o início da comercialização, mas a expectativa é a melhor possível”, disse Nazareno.
De acordo com Altamir Lobato, gerente de Crédito Rural da Afap, o tanque-rede é uma experiência nova e este financiamento é importante para que outros produtores também desenvolvam este tipo de atividade.
“A entrega é um momento importante para a instituição, e com o financiamento, o piscicultor se sente mais motivado para levar o trabalho mais a sério; esperamos que ele consiga colher os resultados almejados”, afirmou Lobato.
FRAP
O Frap é um fundo estadual administrado financeiramente pela Afap e gerido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR). Tem o objetivo de promover a elaboração de ações específicas para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, extrativistas vegetais, agroindústrias, pesca artesanal e aquicultura, por meio de apoio da produção, comercialização e concessão de crédito.
Para acessar financiamentos, o produtor deve procurar a Assistência Técnica do Instituto Rural do Amapá (Rurap) ou da Pescap, responsáveis pela elaboração do projeto que será submetido à aprovação da SDR. Caso aprovado, o projeto é encaminhado para a Afap, que faz a análise documental e restrições. Após a aprovação, o produtor rural é chamado para a contratação e um técnico faz a emissão de laudo de liberação. No final, o processo retorna para a Afap, que fará o pagamento.
O Frap possui duas modalidades de crédito: linha reembolsável, para pessoas físicas, e não reembolsável, para pessoas jurídicas.
A linha reembolsável tem limite de R$ 25 mil, podendo ser estendido até R$ 36 mil, desde que haja justificativa técnica. O tempo para pagamento é de até oito anos, com carência de até três anos, dependendo da atividade; com juros de 4% a 12% ao ano. Existe um bônus de adimplência de 20% para pagamento até o vencimento.
Já a linha não reembolsável não exige devolução do recurso liberado, porém, a entidade deve prestar contas do recurso recebido junto à SDR. Caso contrário, a entidade fica impedida de acessar novos créditos.
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