PM oferece acompanhamento psicológico a familiares de policiais da corporação
Trabalho preventivo busca tratar casos de depressão, síndrome do pânico, ansiedade e alcoolismo no ambiente familiar.
Gorete Matos, do Centro Psicossocial da PM, que atende policiais militares e dependentes para cuidados com a saúde mental
O mês da campanha Setembro Amarelo acabou, mas a importância de abordar o tema não. Nesse sentido, a Polícia Militar do Amapá (PM) reforça a necessidade de cuidar da saúde mental, que tem até uma data para ser celebrada: 10 de outubro.
Para evitar ou até mesmo tratar casos como de depressão, síndrome do pânico, ansiedade e alcoolismo, o Centro Psicossocial da PM abre as portas também para filhos e esposas ou maridos de policiais militares.
Segundo a coordenadora do Centro Psicossocial, Gorete Matos, o relacionamento familiar saudável é fundamental para o tratamento de policiais que apresentam algum tipo de dificuldade ou sofrimento psíquico.
“Não adianta trabalhar somente com o militar porque ao sair daqui ele se depara com a família. Então se ele chega em um ambiente desestruturado, com muitas brigas, isso atrapalha na recuperação”, ressaltou.
Gorete relata que acompanha famílias de militares com casos de tentativas de suicídio e mutilações. Segundo ela, palestras sobre saúde mental são levadas aos batalhões com o objetivo de incentivar a busca por ajuda profissional.
“É importante termos esse momento de cuidar da saúde mental. A PM tem esse privilégio de poder falar das suas emoções. Devido à correria da profissão, de se deparar com situações de risco, com o tempo isso gera um desgaste mental”, explicou.
Ao suspeitar de algum problema relacionado à saúde mental, o militar é encaminhado ao serviço psicossocial pelos comandantes de batalhões ou por apresentação espontânea para avaliação. Durante o processo é feita triagem com uma assistente social. Dependendo do caso o militar é encaminhado a acompanhamento psicológico.
O tenente Josiagab Oliveira, da Diretoria de Comunicação da PM, destaca a preocupação com a saúde mental dos militares. Ele conta que campanhas institucionais têm ajudado a incentivar a busca por atendimentos.
“A nossa preocupação é incentivar os militares a procurarem o atendimento no Centro Psicossocial. Precisamos desmitificar que o policial está acima de tudo, pois ele é um ser humano normal que pode ter problemas e precisa de ajuda”, disse.
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