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‘Quando sair daqui, eu pretendo continuar trabalhando’, diz detento capacitado no Iapen

Projeto D’Chance oferta qualificação e oportunidade de empregos aos internos. Atividade profissional é realizada há 15 anos na penitenciária.

Por Redação
29/10/2019 11h20

José Ribamar quer mudar de vida através de uma oportunidade profissional

Quando voltar ao convívio social o detento José Ribamar pretende seguir na carreira de marceneiro. Ele é um dos internos capacitados no projeto D’Chance, desenvolvido pelo Instituto de Administração Penitenciário do Amapá (Iapen).

“É muito bom esse trabalho. A gente aprende cada vez mais. Lá fora cheguei a trabalhar com a confecção de móveis, mas aqui eu aprendi a fazer muitas outras coisas e até artesanato. Isso, pra mim, é uma mudança de vida, Nos faz refletir”, disse.

José Ribamar, 46 anos, foi preso em setembro de 2013 e, através do trabalho na marcenaria, pode reduzir a pena. A cada três dias de serviços na oficina o interno reduz um dia da pena.

Casas de boneca, carrinhos, móveis, portas e artesanato são alguns dos trabalhos desenvolvidos pelos detentos. As peças são expostas na Casa do Artesão e também em eventos especiais realizados em shoppings de Macapá.

Para o coordenador de Tratamento Penal do Iapen, José Antônio Nunes, a atividade, sem fim lucrativo, melhora o comportamento dos presos. O dinheiro arrecadado com a venda das peças é revestido em compra de mais materiais para a marcenaria.

“O projeto tem como foco a produção de materiais e a qualificação dos internos para oportunizar uma atividade profissional quando eles puderem estar lá fora. Para o interno é importante pela capacitação e ocupação”, explicou.

D’Chance é realizado há 15 no Iapen e, atualmente, atende oito detentos devido ao limite de espaço da oficina. A capacitação é ofertada pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do Governo Federal.

Edson Silva, 30 anos, foi preso em fevereiro de 2009 e está há uma década em regime fechado. Ele ressalta que sonha em mudar a realidade que viveu antes. Agora, Edson acelera o processo de saída e espera ter o próprio negócio.

“É uma ótima oportunidade de trabalho. Quando sair daqui, eu pretendo continuar trabalhando dessa forma. Quero montar uma marcenaria e oferecer os meus serviços lá fora”, enfatizou o interno.

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