Covid-19: Governo do Estado monitora famílias indígenas em Macapá
Objetivo das visitas é evitar a disseminação do vírus nas aldeias. Até o final da ação, mais de 200 índios devem ser testados.
A triagem é importante porque evita que indígenas com covid-19 retornem para suas aldeias e contaminem mais pessoas.
Como parte das ações de combate à covid-19 entre os povos indígenas, o Governo do Amapá realiza visitas de monitoramento a índios domiciliados em casas de apoio, em Macapá.
Nessas ações, o Núcleo Estadual de Saúde Indígena (Nesi), e a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) também realizam testes rápidos em casos suspeitos. O Distrito Sanitário Especial Indígena do Amapá e do Norte do Pará (Dsei) integra o trabalho. A perspectiva é que até o final da ação, na próxima semana, mais de 200 índios serão testados.
O enfermeiro Waldir Bittencourt é gerente de Vigilância Ambiental da SVS. Ele explicou que a triagem é importante porque evita que indígenas com covid-19 retornem para suas aldeias e contaminem mais pessoas.
“Fazemos toda a triagem aqui, já que é importante para conter a contaminação nas aldeias distantes. Muitos vêm à cidade em busca de serviços, há os residem aqui, os que são estudantes ou que estão passando por algum tratamento de saúde. Quando o resultado dá positivo, orientamos a pessoa a não retornar para a aldeia”, disse.
Os casos positivos recebem um kit contendo as medicações indicadas para o tratamento da covid-19. Além disso, a equipe mantém contato com o paciente para avaliar eventuais agravamentos da doença e necessidade de encaminhamento para o serviço médico especializado.
O Centro de Atendimento montado no Hospital Universitário (HU) disponibilizou 4 leitos para atendimento específico de pacientes indígenas.
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Vindo da aldeia Kaxuyana, no norte do Pará, para estudar em Macapá, Willis Kaxuyana, sentiu febre e dor de garganta. Ele desconfiou que pudesse estar com covid-19 quando outros familiares apresentaram sintomas semelhantes. Nesta sexta-feira, 5, uma visita da equipe confirmou que eles estão com o novo coronavírus.
“Ficamos preocupados porque minha avó está nos visitando e como é idosa faz parte do grupo de risco, mas todos temos apenas sintomas leves. A vinda da equipe é muito importante não só para a minha família, mas para todos os povos indígenas que moram na cidade. Como atestamos positivo, nos manteremos isolados com todos os cuidados necessários”, ressaltou.
As casas de apoio são compartilhadas e mantidas pelos próprios indígenas que vêm à capital em busca de assistência médica, dentre outros motivos.
Atenção aos indígenas
O Governo do Amapá vem atuando na prevenção e combate à covid-19 entre os povos indígenas.
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Além da atuação nas casas de apoio, aldeias de Oiapoque receberam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), álcool 70% e remédios, além de desinfecção.
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