Iepa prepara nova etapa de estudo arqueológico em áreas de rodovias estaduais

A construção dessa rodovia está inclusa no Plano Rodoviário Estadual.

O Núcleo de Pesquisa de Arqueologia do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) realizará a segunda etapa dos estudos arqueológicos em áreas das Rodovias Norte-Sul e AP-070. Esse trabalho está incluso no cronograma de ações do órgão para o segundo semestre de 2016.

As pesquisas arqueológicas resultaram na identificação de diversos sítios arqueológicos nas áreas de construção desses empreendimentos. Nesta nova fase do processo, ocorrerá o resgate arqueológico dos vestígios encontrados no local.

A Rodovia Norte-Sul, nas imediações da Rodovia Duca Serra, foi um dos locais onde foram identificados sítios arqueológicos. Segundo Lúcio Costa Leite, arqueólogo do IEPA, ainda no segundo semestre serão realizadas atividades para a conclusão dos estudos arqueológicos dessa região. “Essa área é habitada por dezenas de famílias. Estamos aguardando o remanejamento dessas famílias para prosseguir com a prospecção nos trechos finais da rodovia”, explicou.

O Governo do Amapá está realizando as tratativas com a Prefeitura de Macapá para fazer o remanejamento das famílias que vivem na área. A previsão é que essa transferência ocorra até o fim deste ano.

De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes (Setrap), a conclusão do estudo no local, a transferências dos moradores e a liberação de recurso na ordem de R$ 22 milhões, através do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), são os pontos necessários para a retomada das obras na rodovia.

Rodovia AP-070

Nas áreas de construção da Rodovia AP-070 também foram identificados sítios arqueológicos. Os locais são marcas de antigas ocupações indígenas onde hoje estão localizados os Distritos de Santo Antônio da Pedreira, Vila do Cantanzal e Santa Luzia do Pacuí.

A construção dessa rodovia está inclusa no Plano Rodoviário Estadual. Os estudos arqueológicos são condicionantes da legislação federal para a execução de quaisquer obras causadoras de impacto ao meio ambiente. Após o execução dessas medidas é que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão responsável pela fiscalização dessas atividades, autorizará a executar as obras de asfaltamento. Em novembro, a Setrap recebeu autorização para fazer os serviços de manutenção e conservação da área.

“Já foi realizada a pesquisa extensiva em toda a área de construção das rodovias. Iniciaremos em seguida os resgate dos sítios arqueológicos, elaboraremos relatórios para o Iphan e, após aprovação desses estudos, as obras poderão acontecer. Os materiais desses sítios arqueológicos fazem parte do imenso e rico patrimônio arqueológico que nosso Estado possui”, concluiu Lúcio Leite.

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