VSR e Influenza A são os vírus circulantes no Amapá; Governo reforça necessidade de vacinação para conter surto de síndromes respiratórias
Situação de emergência em saúde pública foi decretada há uma semana e uma série de medidas foram adotadas para barrar a alta.
Governador Clécio Luís reforçou a necessidade da imunização no combate ao surto de síndromes respiratórias
O Governo do Amapá recebeu neste sábado, 20, o resultado dos exames feitos pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) que identificou o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e a Influenza A como circulantes no estado, além do novo coronavírus, atingindo principalmente bebês e crianças. O governador Clécio Luís reforçou a necessidade da imunização no combate ao surto de síndromes respiratórias.
"Não é um vírus novo, mas ele está circulando com muita força, acompanhado da Influenza A, que vem levando à internação e até a óbitos. Adotamos várias medidas, adquirimos equipamentos, medicamentos, respiradores, oxigênio, montamos uma força-tarefa para ampliar o número de leitos de forma imediata, saindo de 85 leitos para 249 em uma semana. Além disso, acionamos o Ministério da Saúde, que na mesma hora nos atenderam, enviaram equipes e também vão encaminhar equipamentos. A situação é realmente muito grave e atinge mais ainda as crianças por conta da não vacinação. Por isso, precisamos aumentar a cobertura vacinal das nossas crianças", destacou Clécio Luís.
Há uma semana, o Estado decretou situação de emergência em saúde pública em função do surto, o Ministério da Saúde enviou reforço ao Amapá e uma série de medidas já foram adotadas na prevenção e assistência.
Ao receber os resultados a SVS e a Secretaria de Saúde reuniram com o governador e técnicos do governo para avaliar o cenário epidemiológico atual. O grupo também recebeu a imprensa e fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais do Governo para dar transparência aos dados e ações adotadas.
No domingo, 21, uma reunião do Governo com prefeitos vai alinhar as medidas a serem adotadas nos 16 municípios para barrar a alta e o agravamento dos casos.
As síndromes gripais tem atingido, sobretudo, crianças com menos de 6 anos. Seis mortes suspeitas foram registradas no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA).
"Isso é muito triste para nós, que somos pais, profissionais de saúde, ver as crianças infectadas. Que os pais estejam atentos àquela coriza, ao nariz escorrendo, mas principalmente se tiver a falta de ar. Evitando a aglomeração, também estamos evitando contaminar nossas crianças. É importante portanto buscar a vacina e, aos primeiros sintomas, ir até uma unidade básica de saúde", reforçou a secretária Silvana.
Neste sábado, o HCA e o Pronto Atendimento Infantil (PAI) registraram 145 pacientes internados, sendo 34 em unidade de terapia intensiva (UTI) e 109 em leitos clínicos. Na Maternidade Mãe Luzia, eram 16 internados por síndrome respiratória (1 em UTI e 15 em leitos clínicos).
"A situação epidemiológica atual demonstra a necessidade de reforçarmos as medidas de proteção para as crianças, evitar ambientes de aglomeração, shopping, aniversário, tudo o que possa gerar exposição a locais aglomerados. Nos primeiros sintomas, a recomendação é procurar a assistência médica porque o agravamento pode ser muito rápido", ressaltou a titular da SVS, Margarete Gomes.
Diagnóstico
Foram encaminhadas ao IEC, em Belém, 188 amostras coletadas em casos suspeitos de síndromes respiratórias. Do total, 96 (51,06%) tiveram resultado positivo para o VSR.
A doença causada pelo VSR é conhecida, sendo uma das principais causas de infecções respiratórias em crianças, mas o vírus também pode atingir pessoas de qualquer idade. Essa doença geralmente caracteriza-se por sintomas leves, mas também pode ocasionar quadros mais graves, especialmente em crianças com menos de 2 anos de idade. Por isso, a amamentação nessa fase da vida é um reforço imunológico importante.
Os sintomas mais comuns são febre baixa, dor de garganta, dor de cabeça e secreção nasal. Há outros sinais de alerta, como febre alta, tosse persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito, lábios e unhas arroxeados. No aparecimento de sintomas, a recomendação é procurar uma Unidade Básica de Saúde para o primeiro atendimento.
Reforço na Saúde
O Amapá decretou situação de emergência na saúde pública no dia 13 de maio, e vem atuando na abertura de mais leitos, reforçando profissionais, medicamentos, equipamentos e mobilizando os municípios para aumentarem a cobertura vacinal.
O combate ao surto contou com uma força-tarefa do Estado, que montou uma subestação de energia para dar suporte às unidades de saúde infantis, entregou dois andares do HCA com 94 leitos novos, adquiriu 15 respiradores mecânicos, 12 monitores hospitalares, cilindros de oxigênio, medicamentos, equipamentos, além de reforçar escalas de trabalho e contratar um hospital particular em Santana para garantir mais leitos.
O Governo solicitou ainda equipamentos, medicamentos e profissionais ao Ministério da Saúde, que atendeu enviando 180 kits para a detecção do vírus da Covid-19, Influenza A e B e VSR.
O MS também encaminhou 32 técnicos estiveram no estado para colaborar com diagnósticos e combate o surto de síndromes gripais (12 técnicos chegaram no dia 15, mais 6 no dia 17 e 14 profissionais neste sábado).
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