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MONITORAMENTO CLIMÁTICO

Governo do Amapá monitora focos de incêndio no Lago do Piratuba e assoreamento no Arquipélago do Bailique

Força-tarefa ocorre de forma constante para combater período de seca do verão amazônico.

Por Marcelle Corrêa
29/10/2024 13h35

Ações se concentram em combate a dois focos de incêndio identificados na região do BailiqueCom uma força-tarefa que envolve vários órgãos, o Governo do Amapá segue monitorando e realizando ações para combater incêndios florestais, assoreamento, a estiagem e salinização dos rios, devido ao período seco do verão amazônico.

Nesta semana, dois locais estão recebendo equipes de Defesa Social que acompanham as situações climáticas do estado, sendo a região próxima a Reserva Biológica do Lago Piratuba, no Extremo Leste do Amapá, e o Arquipélago do Bailique, em Macapá.

Na área florestal do Lago do Piratuba, o Corpo de Bombeiros (CBM) integra as ações de combate a dois focos de incêndio identificados na região. Sobrevoos estão sendo feitos nos locais, com uma equipe do Grupo Tático Aéreo (GTA), para fazer o levantamento da dimensão onde o fogo está instalado.

Monitoramento ocorre de forma constante

A Reserva do Piratuba possui cerca de 400 mil hectares, distribuídos entre os municípios de Amapá e Tartarugalzinho, e ambos estão em situação de emergência. O comandante do CBM, Alexandre Veríssimo, explicou que o monitoramento segue de forma constante para impedir futuros incêndios florestais.

"Os focos foram identificados nos arredores, fora da Reserva, e acaba sendo um local de atuação nossa, do Governo do Estado. No sobrevôo, um especialista em incêndio florestal do Corpo de Bombeiros, com o GTA, verificou um foco que está cercado por um lago e outro próximo ao rio, que também não oferece risco até o momento", ressaltou Veríssimo.

Equipe do GTA acompanha focos de incêndio

Arquipélago do Bailique 

Em outra frente de trabalho, o Corpo de Bombeiros e a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cedec), atuam no Arquipélago do Bailique, que sofre com o assoreamento e salinização das águas. De acordo com Veríssimo, o local vinha sendo monitorado preventivamente e já conta com equipes do CBM e Cedec, preparadas para as eventualidades climáticas do período.

"Técnicos da Defesa Civil, da Companhia de Água e Esgoto e da Assistência Social, que tem o controle das famílias da localidade, estiveram neste fim de semana no Bailique avaliando a situação junto às comunidades, já preparando o planejamento de segurança alimentar e abastecimento de água potável, para levarmos o apoio necessário à população da Região Costeira do Amapá", informou Veríssimo.

Assoreamento e salinização das águas afetam região do Bailique, em Macapá

Na manhã desta terça-feira, 29, profissionais da Defesa Civil, Secretaria de Estado de Transporte (Setrap), Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Iepa) retornaram ao Arquipélago do Bailique para realizarem o levantamento de mobilidade e pesquisas geomorfológicas da região devido à movimentação de sedimentos, que tem causado o assoreamento do Rio Amazonas e isolação de comunidades.

"O Amapá está em situação de emergência em todos os municípios. O governador Clécio Luís já informou ao Governo Federal a realidade climática do Amapá, e estamos aguardando análise para o reconhecimento federal, que deve acontecer nos próximos dias. Com esse apoio, vamos conseguir, com maior intensidade, levar ajuda às populações atingidas", finalizou o comandante do Corpo de Bombeiros.

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