Governo do Amapá fomenta o empreendedorismo com a incubação de negócios locais
O GEA entregou nesta quarta-feira, 21, três salas revitalizadas do Centro de Incubação de empresas (CIE) e assinou contrato com cinco empreendimentos.
Os cinco empreendedores assinaram os contratos em solenidade no Centro de Incubação de empresas, em Macapá.
Investir e apoiar a evolução do empreendedorismo local é um compromisso do Governo do Estado do Amapá (GEA). Uma demonstração disso, foi a entrega, nesta quarta-feira, 21, de três salas do Centro de Incubação de Empresas (CIE) – vinculado ao Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) -, completamente revitalizadas. Também foram assinados contratos do Executivo estadual com cinco empresas que, a partir de agora, dispõem de estrutura, apoio técnico e gerencial para a sustentabilidade e inovação de seus negócios.
As cinco empresas poderão permanecer incubadas por 12 meses. Este prazo pode ser prorrogado por igual período, de acordo com o edital de maio de 2017, caso o empreendimento ainda não tenha conseguido seu objetivo. Três delas serão residentes, ou seja, exercerão suas atividades nas salas do CIE, que foram revitalizadas e equipadas para recebê-las. As demais já possuem estrutura física própria para funcionar, sendo interessante para elas, o apoio técnico do governo e parceiros.
Durante a solenidade, o governador Waldez Góes, ressaltou que o programa de incubação conta com profissionais altamente qualificados e responsáveis no assessoramento às empresas, e que já resultou em casos de sucesso, como uma empresa do ramo de Tecnologia da Informação que, atualmente, está se consolidando no mercado internacional.
Góes pontuou que o cenário atual é favorável para investimentos no empreendedorismo, tendo em vista a Zona Franca Verde de Macapá e Santana (ZFV), a Lei da Informática da Zona Franca de Manaus e o Marco Regulatório da Ciência e Tecnologia.
“Este é um novo ciclo de desenvolvimento no país e no Amapá, com novas possibilidades sendo oferecidas. As iniciativas empreendedoras que passam pelo processo de incubação têm vida mais longa, porque tem toda a assessoria necessária no planejamento, nas previsões de mercado, todo o aparato de conhecimento rumo ao sucesso. Ao fomentar o empreendedorismo, estimulamos também a geração de emprego, renda e o desenvolvimento do nosso Estado, nas mais diversas áreas”, frisou o governador.
Oportunidade
Os empreendimentos incubados nesta quarta-feira, operam nas áreas de alimentos, biotecnologia e movelaria rústica, utilizando-se de matéria-prima regional. Iranildo Borges é proprietário da Empório da Amazônia - Castanhas do Brasil, que atua no mercado amapaense há 12 anos e foi um dos cinco empreendedores que assinaram contrato com o GEA. O empreendimento já abastece o mercado local com castanha in natura, desidratada com casca, e beneficiada em caixas de 20 quilos, empacotada a vácuo.
Iranildo Borges foi um dos cinco empreendedores que assinaram contrato com o GEA para a incubação da empresa Empório da Amazônia - Castanhas do Brasil
Iranildo conta que, através do programa de incubação, espera consolidar uma indústria de beneficiamento de castanha do Brasil na Zona Franca Verde, chegando a beneficiar o produto em até 2,4 mil quilos ao dia, torná-lo mais competitivo, agregar valor, aproveitar melhor o resíduo sólido, que também é uma riqueza, e envolver toda a comunidade extrativista nesse processo.
“O beneficiamento é a parte final, mas temos toda uma cadeia envolvida, desde a conservação da floresta, passando pela coleta e logística. Queremos aproveitar ao máximo o que o Estado tem a nos oferecer em áreas como a tecnologia e inovação, por exemplo, para que possamos nos consolidar ainda mais no mercado local e chegar à exportação para dentro e fora do país”, estimou Borges.
Da pesquisa à prática
Uma novidade do processo de incubação no edital que selecionou os empreendimentos é possibilitar a participação de pesquisadores empreendedores. Como Ediluci Tostes, que é pesquisadora do Iepa área de alimentos e proprietária da empresa Gelatos da Amazônia, que produz sorvetes artesanais e bebidas com sabores amazônicos.
“Eu entro no processo de incubação buscando o fortalecimento da minha empresa. Quando a empresa nasce e tem o aparato necessário tecnológico e administrativo, tem muito mais chance de se fortalecer. Por muitos anos fui a pesquisadora que assiste a empresa incubada e, agora, posso estar do outro lado”, comemorou Ediluci.
Uma novidade do programa de incubação foi a participação de pesquisadores empreendedores, como a Ediluci Tostes.
O diretor-presidente do Iepa, Jorge Souza, enfatizou que todas as descobertas, fruto dos investimentos do governo em pesquisas científicas, devem voltar como benefícios à população.
“O programa de incubação atua neste sentindo, norteando os negócios locais com capacitação técnica, científica e mercadológica. E, ainda, mostra a capacidade da matéria-prima local, de ser utilizada em negócios inovadores”, declarou Souza, mencionando que as empresas incubadas poderão acessar até R$ 30 mil, através de uma linha de crédito específica da Agência de Fomento do Amapá (Afap).
Seleção
O edital do certame foi lançado em maio de 2017 pelo Governo do Amapá, com o foco principal nas empresas que se disponham a usar recursos naturais da região amazônica – principal condição para usufruir dos incentivos fiscais do corredor econômico amapaense. Inicialmente, 30 ideias foram escolhidas para continuar na disputa.
Depois disso, a comissão organizadora do certame analisou as propostas e divulgou o resultado final, quando 12 empresas foram selecionadas. Dessas, somente as cinco incubadas, nesta quarta-feira, conseguiram concluir o processo.
Um novo edital deve ser lançado até o fim deste ano para a seleção de novas empresas a serem incubadas em 2019.
Parcerias
O Programa de Incubação de Empresas do Amapá existe há 20 anos e passou por uma reformulação em 2017, tornando-se mais abrangente. Para incentivar o empreendedorismo, o Governo do Amapá mobilizou outros órgãos da administração direta e indireta governamental para fortalecer o trabalho do centro com as empresas, como a Afap, a Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá) e Universidade do Estado do Amapá (Ueap). E, também, instituições parceiras como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifap), a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Setec), o Serviço e Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amapá (Sebrae/AP) e a Universidade Federal do Amapá (Unifap).
No evento, também estiveram presentes gestores e técnicos da equipe de governo; a primeira-dama e deputada estadual, Marília Góes; e o superintendente do Sebrae/AP, João Carlos Alvarenga.
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