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Epilepsia: disseminar informações contribui para a qualidade de vida dos pacientes

Isaias Cabral, neurocirurgião do Hospital De Clinicas Dr. Alberto Lima (HCAL), alerta para a importância de propagar informações corretas sobre a síndrome

Por Redação
26/03/2021 12h07

O neurocirurgião Isaias Cabral afirma que é possível o paciente ter qualidade de vida seguindo corretamente o tratamento

Nesta sexta-feira, 26 de março, é o Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia. A doença é uma desordem neurológica crônica caracterizada por episódios de crises convulsivas. Durante as crises, a pessoa perde a consciência, desmaia, apresenta tremedeira, salivação e pode se urinar. Os episódios convulsivos geralmente são curtos, mas caso ultrapassem 5 minutos é necessário procurar ajuda médica.

As causas da epilepsia podem ser primárias ou secundárias. A causa primária é quando o cérebro gerou a desordem por uma má formação ou questões genéticas; e secundária quando relacionada a lesões causadas por alguma doença, como meningite, tumor cerebral, isquemia, abscessos, entre outras.

De acordo com o neurocirurgião Isaias Cabral, a epilepsia carrega um estigma de preconceito  há anos. Ainda é comum relacionarem a síndrome a problemas espirituais ou acharem que saliva transmite a doença

"A epilepsia não é, de maneira alguma, contagiosa. Esse mito começou faz muito tempo e é importe desmistificar para cessar o preconceito direcionado a pacientes epilépticos. A salivação produzida durante uma crise convulsiva não transmite a doença! É necessário amparar a pessoa em crise, deixar o mais confortável possível e esperar até que ela recobre a consciência ", disse o médico.  

O diagnóstico é feito com base no histórico do paciente e exames de imagem (tomografia e ressonância) ou mapeamento cerebral. Após esses exames é possível determinar se a epilepsia é primária ou secundária e qual tipo de crise o paciente apresentará.

No Amapá, o tratamento ofertado pelo Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL) - unidade do Governo do Estado - é feito com medicações anticonvulsivantes e, se a epilepsia for secundária e reversível, o paciente é encaminhado para cirurgia realizada também na unidade.

Cabral completa que, além do tratamento medicamentoso, existem dietas especificas que ajudam a diminuir as crises convulsivas, mas que elas são indicadas a depender do quadro clínico de cada paciente. Evitar privação de sono, jejum prolongado e situações de estresse é essencial para auxiliar no controle dos episódios convulsivos.

O que fazer para ajudar alguém que esteja passando por uma crise epilética?

  • Deite o indivíduo de lado, pois a posição facilita na deglutição da saliva e respiração;
  • Não coloque nada na boca da pessoa em crise.
  • Não tente segurar a língua de quem está convulsionando, pois a língua não enrola;
  • Não dê nada para ingerir ou cheirar;
  • Não tente conter os movimentos causados pela crise;
  • Tente deixar a pessoa o mais confortável possível. Use um travesseiro ou qualquer outro objeto que aplaque o impacto da convulsão;
  • Fique presente até que a pessoa passe pela fase de confusão mental e recobre a consciência plenamente.
  • Se o episódio durar mais de 5 minutos, chame assistência médica!

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