Hospital da Mulher Mãe Luzia realiza cerca de 350 testes do pezinho por mês em Macapá; saiba como é realizado
O exame é obrigatório, gratuito, e investiga, de forma precoce, diversas doenças no bebê; unidade garante recoleta em qualquer alteração.

O teste do pezinho integra os exames de triagem neonatal disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na maternidade do Hospital da Mulher Mãe Luzia, em Macapá. Em média são realizados 20 atendimentos por dia e cerca de 350 por mês. O teste é obrigatório e gratuito e investiga, de forma precoce, diversas doenças no bebê.
A coleta, feita com uma pequena amostra de sangue do calcanhar do bebê, é garantida ainda na maternidade, antes da alta hospitalar. O exame pode ser feito a partir do 2º dia de nascimento, e o ideal é que seja feito até o 5º dia. Em qualquer alteração no primeiro teste, é realizada uma nova coleta.
O teste do pezinho permite identificar doenças genéticas e metabólicas como hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita.

De acordo com a enfermeira Michelle Muniz, responsável técnica pelo serviço de Triagem Neonatal do Hospital da Mulher, dos 350 testes mensais, cerca de 18 apresentam alguma alteração, mas, a profissional explica que muitos fatores podem interferir nos resultados iniciais, sem necessariamente indicar uma doença.

"Condições como prematuridade, uso de medicamentos pela mãe, dieta parenteral ou transfusões sanguíneas podem alterar o exame, que é essencial para a detecção de diversas doenças genéticas e metabólicas. Enviamos o exame ao laboratório, e o resultado fica pronto em 30 dias, e se necessário, repetimos", detalha Michelle.
Conforme protocolo do Ministério da Saúde, a recoleta é parte prevista do processo e não representa um diagnóstico fechado. "Deixamos claro às famílias que uma nova coleta não significa a confirmação de uma patologia, ela é feita por segurança", reforça a enfermeira.

Se houver confirmação de alguma doença na segunda amostra, o bebê é encaminhado ao serviço de referência em triagem neonatal. A partir daí, entra em ação uma equipe multiprofissional para o acompanhamento do paciente e orientação da família.]
Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos casos que exigem repetição do exame, acaba apresentando resultado normal na segunda análise, o que traz mais segurança e tranquilidade para os pais.

O coordenador de Apoio e Diagnóstico da Secretaria da Saúde do Amapá, Mylner Oliveira, ressalta que o encaminhamento para os especialistas só ocorre após confirmação do diagnóstico.
"Quando uma patologia é detectada, iniciamos um plano de cuidado e acolhimento com suporte de médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, pois atenção e conscientização das famílias também são fundamentais no processo", afirma Oliveira.
A jovem Rita de Cássia, de 29 anos, mãe do pequeno José Mateus, de apenas cinco dias, fez questão de levar o filho para os exames da triagem neonatal. Ela conta que recebeu orientação e sabe da importância dos testes para o desenvolvimento do bebê.
"Ele já fez o teste do pezinho e o da orelhinha. Estamos atentos a tudo, porque sabemos como esses exames são importantes para a saúde dele. Aconselho a todas as mães a não deixarem de realizar nenhum. E aqui o atendimento foi ótimo", concluiu a mãe.
Atendimentos
O Hospital da Mulher Mãe Luzia atende crianças nascidas na rede pública e particular. O responsável pelo recém-nascido deve apresentar cópia da identidade, cartão do SUS da mãe, cartão de vacina ou a Declaração de Nascido Vivo (DNV) da criança. O atendimento é de segunda a sexta, no horário das 7h30 às 12h e de 13h30 às 18h.

Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Siga o canal do Governo do Amapá no WhatsApp e receba notícias em primeira mão!