Município de Ferreira Gomes pode decretar situação de emergência, diz Defesa Civil
Em medição realizada na noite de ontem, 28, o nível do rio Araguari esteve em 3,42 metros. Estado segue monitorando este e outros seis municípios.
Em Ferreira Gomes, o bairro do Matadouro é um dos mais inundados
O Governo do Estado do Amapá (GEA), por meio da Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros e Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims), segue monitorando e auxiliando sete municípios afetados com as fortes chuvas que caem com maior intensidade desde o início deste mês. Em Ferreira Gomes, distante cerca de 140 quilômetros de Macapá, a Defesa Civil Estadual espera que seja decretada, até esta quinta-feira, 30, situação de emergência.
De acordo com levantamento realizado conjuntamente pelo município de Ferreira Gomes, militares da Defesa Civil Estadual e técnicos da Sims, até ontem, 28, foram identificadas 280 famílias afetadas, 15 famílias desalojadas, 5 famílias desabrigadas e 60 famílias em áreas de risco. Há, segundo o chefe de operações da Defesa Civil Estadual, major Pelsondré Martins, equipes do estado atuando no município.
“Hoje [29] cedo saiu uma equipe com dois técnicos da Sims para auxiliar na decretação. Há, ainda, no município, dois militares da Defesa Civil e cinco militares do Corpo de Bombeiros acompanhando a situação de perto. Esperamos que até amanhã já esteja finalizado esse processo de declaração de situação de emergência e pediremos apoio ao governo federal para este município, assim como foi feito para Calçoene”, disse o major.
O nível do rio Araguari, em Ferreira Gomes, na noite de ontem, 28, apresentou-se em 3,42 metros. É considerado alto, mas ainda não é o que pode causar um pico de inundação, segundo a Defesa Civil Estadual. No último domingo, 26, a titular da Sims, Nazaré Freitas, o coordenador geral de Defesa Civil do Estado, Wagner Coelho, e equipes das duas instituições estiveram no município em reunião com o prefeito Divino Rocha (PEN). Na ocasião, visitaram o bairro do Matadouro, um dos mais afetados e ainda inundado.
Calçoene
O estado pediu auxílio à União para o município de Calçoene, com cestas básicas, colchões e materiais de higiene. Parte deste auxílio já chegou a Macapá e está sob guarda do Corpo de Bombeiros.
De acordo com o major Pelaondré Martins, uma reunião com membros da Sims e Corpo de Bombeiros vai planejar a entrega destes materiais. “A demanda do governo federal é de cerca de 400 cestas e uma quantidade considerável de colchões e kits higiene. Este auxílio é uma resposta à decretação de estado de emergência em Calçoene, ocorrida em 11 de março e válida por 180 dias”, disse.
Ainda não há definição de data para a entrega destes materiais ao município de Calçoene. Vale ressaltar que, no último domingo, equipes da Defesa Civil Estadual, Sims e Corpo de Bombeiros seguiram de Macapá para o município e fizeram a entrega, casa a casa, de cerca de 330 cestas básicas e 80 colchões adquiridos pelo GEA.
Com o levantamento realizado em Calçoene por equipes locais e do estado, até o último dia 17 de março, obteve-se os seguintes dados: 299 famílias afetadas, sendo 264 na área urbana e 35 na área rural, tendo até o momento, 19 famílias desalojadas. O total de pessoas afetadas pela enchente chega a 1.200. A Defesa Civil considera a atual situação do município estável e informou ainda que o nível do rio não elevou consideravelmente como se presumia, mediante mudança de lua no início desta semana. Caso haja necessidade, equipes estão de sobreaviso para seguir ao município.
Laranjal do Jari
Nesta quarta-feira pela manhã, segundo o major, no local onde está fixada a régua que mede o nível do rio Jari, foi registrado 1,89 metros. “O pico de dias anteriores foi de 2,10 metros. Para que inspire alerta, o nível do rio deve estar acima de 1,90 metros”, comentou o chefe de operações, complementando que nesta região a situação também é estável.
No Laranjal do Jari há 17 famílias desabrigadas (34 pessoas), 36 famílias desalojadas (167 pessoas). Ao todo, foram afetadas 1.280 pessoas, segundo registros da Defesa Civil do Estado.
Porto Grande
Nesta terça-feira, o major Pelsondré reuniu-se com o prefeito do município de Porto Grande e obteve a informação de que, apesar de não haver famílias afetadas na área urbana do município, há 60 famílias afetadas na zona rural. Duas equipes com um total de quatro militares da Defesa Civil seguiram para Porto Grande nesta quarta-feira, para auxiliar os técnicos do município na entrega de cestas básicas e água potável na zona rural.
Neste município ainda não há possibilidade de decretação de situação de emergência. Em Oiapoque, Vitória do Jari, Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari não há afetados por inundação, segundo o chefe de operações. “Seguimos monitorando e, se houver necessidade, nos deslocaremos aos demais municípios”, finalizou.
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