Detran volta a descobrir quadrilha que aplica golpes pelas redes sociais
Esquema era comandado de dentro da penitenciária estadual. Detento que dava as ordens foi identificado e a esposa dele, que era cúmplice, acabou presa.
Criminosos se passavam por funcionários do Detran para aplicar golpes
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) voltou a descobrir membros de um grupo criminoso que aplica golpes em Macapá através de redes sociais se passando por servidores do órgão. Quatro pessoas suspeitas foram presas nesta terça-feira, 6.
A polícia conseguiu descobrir o suposto chefe da quadrilha, um detento do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Era de dentro da prisão que ele dava as instruções para o grupo ajudar a executar os golpes na cidade.
Segundo o diretor do Detran, delegado Inácio Maciel, o grupo criminoso agia da mesma forma que a quadrilha desarticulada em maio de 2017. Eles montavam perfis falsos – fakes – nas redes sociais com os nomes e fotos de policiais militares cedidos ao órgão e ofereciam falsas facilidades pelo whatsapp sobre serviços do Detran, como problemas com multas, emissão de habilitação, entre outros.
O sargento Pascoal Filho, cedido ao Detran, era um dos policiais que tinha a imagem e o nome usurpados pela quadrilha. Foi ele quem rastreou os passos dos suspeitos presos na terça-feira. Segundo Pascoal, o grupo aplicava golpes de diversas modalidades. No dia da prisão, por exemplo, eles foram flagrados após enganar um homem que vendia uma geladeira pelas redes sociais. Quem fez a negociação foi o chefe da quadrilha, de dentro do Iapen.
“Eles [os criminosos] simularam que haviam feito um depósito bancário na conta do vendedor, mas, na verdade o envelope de depósito estava vazio. Nós os prendemos, com o apoio do 2º Batalhão da Polícia Militar, quando a entrega da geladeira estava sendo feita”, contou o sargento Pascoal.
A entrega seria feita na casa da esposa do detento, que foi presa. Segundo a polícia, era na conta bancária dela que a quadrilha movimentava o dinheiro lucrado com os golpes. A suspeita confessou que, conforme ordens do marido, semanalmente ela sacava dinheiro e entregava a um motoqueiro desconhecido, que se encarregava de fazer o dinheiro chegar até o detento – que cumpre pena por roubo. A partir da prisão da mulher, no bairro Infraero I, Zona Norte de Macapá, os militares chegaram até outros três membros do bando.
Contudo, as fraudes preferidas da quadrilha eram mesmo os falsos serviços do Detran. Conversas de whatsapp encontradas nos celulares dos suspeitos, principalmente no aparelho da esposa do líder do bando, comprovaram e revelaram diversas negociações oferecidas nas redes. Um esquema para supostamente suspender multas ou liberar uma carteira de motorista, por exemplo, era feito a R$ 800. Depois que a vítima pagava, eles cortavam o contato e sumiam.
“Eles mandavam mensagens oferecendo os golpes para números aleatórios ou pesquisados em perfis de Facebook, como se fosse por engano. Na verdade, era uma isca, se a vítima se interessasse, já era, caía no golpe”, explicou Pascoal.
O diretor do Detran orienta que caso algum cidadão for assediado com ofertas de serviços do órgão pelas redes sociais, que procure o departamento. Ele esclarece que nenhum servidor está autorizado a receber qualquer valor ou taxa em espécie por serviços prestados.
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